O Estado de S. Paulo
Dois fantasmas da era do PT pairam sobre o 3º mandato: fundos de pensão e agências reguladoras
Duas notícias trazem más lembranças dos
primeiros governos do PT, uma sobre agências reguladoras, outra sobre os fundos
de pensão de empresas e bancos estatais.
São searas reveladoras do jeito petista no
poder, com alma intervencionista e disposição ao uso, digamos, heterodoxo, de
entidades públicas, numa mistura entre público e privado insistentemente comum
no Brasil, em governos de esquerda ou direita.
O pivô do primeiro exemplo, das agências reguladoras, é o ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia, decisivo para a queda de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras – aliás, outra fonte de más recordações da primeira era petista.
Uma curiosidade: Silveira é do PSD e o
demitido Prates, do PT.
A Agência Nacional de Mineração (ANM), ligada
ao MME, promoveu uma mudança nas regras de compensação de municípios afetados
pela exploração mineral e essa mudança, segundo o Estadão, favoreceu Minas
Gerais, Estado do ministro.
Ao mesmo tempo, ele investe contra uma outra
agência, a de Energia (Aneel), enviando um documento oficial para exigir
rapidez nas questões de interesse do governo e… ameaçar de intervenção.
A impressão é que o ministro, cada vez mais
influente, quer mandar na Petrobras, na ANM e na Aneel.
Intervir na agência de energia para o quê?
Para ir na mesma toada na ANM, que tirou a compensação de cidades de três
Estados, Amapá, Rio Grande do Norte e Tocantins, deixando que 87% das cidades
beneficiadas fossem de Minas?
A outra notícia, também do nosso Estadão: os
Correios vão morrer em R$ 7,6 bilhões para cobrir metade da dívida que o
governo Dilma Rousseff deixou no Postalis, o fundo de pensão dos funcionários,
aposentados e pensionistas da estatal, que, aliás, vão pagar a outra metade.
Apesar de os Correios tentarem jogar a culpa
em “decisões ruins” no processo de privatização durante o governo Bolsonaro, o
prejuízo foi causado por “investimentos ruins” da era Dilma.
Isso tudo cai mal para Lula, que carrega a
pecha de estatizante, intervencionista e voluntarioso com empresas públicas e
estatais e, por exemplo, quer porque quer mandar no Banco Central, na
Petrobras, até na privatizada Eletrobras.
A lembrança de como os governos do PT
trataram estatais, agências reguladoras e fundos de pensão dá o que falar. Eles
vão, a conta fica.
Perfeito.
ResponderExcluirJoão Vaccari Neto que o diga.
😏😏😏
Pois é,ruim com ele,pior sem ele;quer dizer,estou esperando surgir coisa melhor.
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