Folha de S. Paulo
Candidatura de Pablo Marçal oferece amplo
cardápio de irregularidades para eventual ação da Justiça Eleitoral
É difícil a vida dos juízes
eleitorais. Não faltam irregularidades na candidatura de Pablo Marçal (PRTB)
à prefeitura paulistana. Elas começam antes mesmo da convenção partidária que
lhe deu legenda.
Há uma disputa em torno do controle do PRTB. Alas do partido contestam a legitimidade do atual presidente da sigla e, por conseguinte, de suas decisões, o que poderia ter impacto sobre a candidatura de Marçal. O caso está no TSE.
Mais concretos são os problemas na convenção
propriamente dita. A maioria dos membros da comissão que chancelou o nome de
Marçal não tinha ao menos seis meses de filiação ao partido, o que é uma
violação aos estatutos da legenda. Provar isso não exige mais do que as fichas
de filiação e um calendário.
Subindo na escala de gravidade, há fortes
indícios de que Marçal ofereceu
dinheiro a simpatizantes que trabalhassem para a candidatura
editando filmes para as redes sociais, o que configura abuso de poder
econômico. Como deve o juiz eleitoral proceder diante disso e de outras
suspeitas que pesam sobre Marçal? Sou da opinião de que, se a Justiça vai
intervir, é sempre preferível impugnar um postulante a cassar um candidato
eleito.
Também penso que é sempre melhor ir atrás das
irregularidades mais graves. A legislação eleitoral brasileira e as resoluções
do TSE que a complementam são tão detalhistas que é fatal que qualquer
candidatura apresente algum problema.
Mas, quando há um ilícito grave difícil de
provar e um menos grave fácil, não acho que a Justiça deva se intimidar. Você
não deixa um tipo perigoso como Al Capone solto só porque os promotores
conseguiram montar apenas um caso de sonegação fiscal e não de homicídio.
Há, porém, um preço a pagar. Uma segunda
decisão da Justiça
Eleitoral contra um candidato da extrema direita (a primeira
foi a inelegibilidade
de Bolsonaro) aprofundaria ainda mais a polarização afetiva que já
divide os brasileiros.
Eu já acho a grande ameaça pra São Paulo seria a eleição do candidato da extrema esquerda Guilherme Boulos
ResponderExcluirSua vida pautada em atividades criminosas de invasão de domicílios residenciais e terrenos urbanos , Usando com massa de manobra as pessoas pobres e carentes
O que um invasor profissional que já foi preso três vezes por esse crime pode trazer de bom pra uma capital importante como São Paulo?
A justiça eleitoral precisa agir.
ResponderExcluir