Correio Braziliense
O Brasil está de olho nas eleições em São
Paulo, porque o ocupante da cadeira de prefeito, com o orçamento de R$ 111,8
bilhões, sempre tem projeção nacional
Pesquisa Datafolha divulgada nesta
quinta-feira (26) sobre a disputa pela Prefeitura de São Paulo mostra Ricardo
Nunes (MDB) com 27% de intenções de votos, Guilherme Boulos (Psol) com 25%, e
Pablo Marçal (PRTB) com 21%. O empate técnico entre Nunes e Boulos e a
resiliência de Marçal, que manteve o terceiro lugar, deixam a eleição ainda
indefinida, segundo as respectivas campanhas. Tabata Amaral (PSB), com 9%, teve
ligeira recuperação; e José Luiz Datena (PSDB), manteve-se com 6%. A única
certeza é a de que haverá o segundo turno, mas quem deve ficar de fora, com
esses resultados, permanece uma indefinição.
O prefeito Ricardo Nunes manteve-se no patamar das duas últimas pesquisas do Datafolha. A pergunta é se este é o seu teto eleitoral, depois de uma arrancada espetacular no início da propaganda eleitoral na tevê. Boulos cedeu um ponto e voltou à posição do começo de setembro, depois de ter chegado a 27% na pesquisa passada. Marçal recuperou-se dos desgastes dos debates, chegando ao patamar em que estava em agosto, depois de cair de 22% para 19% dos votos. Tabata cresceu um ponto percentual e Datena manteve se na mesma. Algumas considerações sobre as eleições em São Paulo.
Nacionalização
O Brasil inteiro está de olho nas eleições em
São Paulo, porque o ocupante da cadeira de prefeito, com o orçamento de R$
111,8 bilhões, sempre tem projeção de poder nacional. Entretanto, o eixo da
disputa não são as questões nacionais nem o confronto político entre o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que apoia Boulos, e o ex-presidente Jair
Bolsonaro, que está com Nunes. São os problemas da população da maior cidade do
país, com 11, 45 milhões de habitantes. Por isso mesmo, o ator externo às
eleições municipais mais influente é o governador Tarcísio de Freitas (PR), com
mais poder de transferência de votos. Lula venceu as eleições presidenciais na
capital, mas até agora não se envolveu diretamente na campanha, exceto na
articulação da chapa com a ex-prefeita Marta Suplicy, que voltou ao PT, e no
lançamento da candidatura de Boulos.
Máquina pública
O peso das estruturas administrativas do
governo estadual e da prefeitura, que muitas vezes se anularam, quando o
governador e o prefeito eram adversários, nestas eleições favorecem bastante a
candidatura de Nunes, principalmente nas periferias, onde o uso dos serviços
públicos é um fator decisivo na vida da população de baixa renda. Nesses
segmentos, onde o PT já foi hegemônico, o que alavanca a candidatura de Boulos
é o prestígio de Marta Suplicy, com muitas realizações administrativas,
principalmente nas áreas de educação e transportes. Marçal tem penetração por
causa da narrativa de empreendedor bem-sucedido.
Nesse aspecto, a Zona Leste da capital, que
sempre protagonizou a grande onda eleitoral da reta final da campanha, é o
terreno de disputa mais acirrada entre os candidatos. Nessa região, as demandas
sociais são muito fortes, o que gera uma camada de eleitores insatisfeitos com
as administrações, quaisquer que sejam. Por isso mesmo, nesta reta final, as
agendas dos três candidatos transformaram a Zona Leste no principal campo de
batalha eleitoral.
Violência e rejeição
O aspecto mais negativo das eleições de São
Paulo vem sendo a violência entre candidatos. A virulência verbal de Marçal nas
redes sociais, reproduzida durante os debates, derivou para as agressões
física, seja quando recebeu uma cadeirada de Datena ou quando seu assessor
agrediu o marqueteiro de Nunes, Nahuel Meina. Os episódios foram muito
criticados pela mídia, impactaram a campanha de Marçal, mas foram decantados,
como mostra a pesquisa.
Onde seus efeitos ainda podem ser observados?
Na rejeição dos candidatos. Há uma vantagem estratégica do prefeito Nunes, que
tem apenas 21% de rejeição, o que é surpreendente para quem administra uma
cidade do tamanho de São Paulo. Marçal, porém, bateu 48% de rejeição. A
rejeição também é o maior desafio para Boulos, com 38%, principalmente se
chegar ao segundo turno. Hoje, segundo o Datafolha, Nunes venceria o segundo
turno contra Boulos ou Marçal; Boulos, porém, venceria Marçal.
A maior dificuldade de Boulos é atrair os eleitores de Tabata e Datena no segundo turno, ainda que ambos venham a apoiá-lo, porque nas atuais pesquisas eles derivam majoritariamente para Nunes. Um segmento de classe média e grande parcela da elite paulista veem Boulos como um radical de esquerda e patrocinador de invasões, por sua trajetória de líder dos sem-teto de São Paulo. Ontem, porém, ao ser questionado durante entrevista na TV Globo, surpreendeu os próprios correligionários ao classificar a Venezuela como uma ditadura, em franca oposição ao PT. Entretanto, ainda precisa convencer esses eleitores de que pode resolver o problema dos moradores de rua sem permitir invasões.
Todo mundo jogando charme Pro candidato do Lula da extrema esquerda Guilherme Boulos
ResponderExcluirComo o candidato é muito ruim , o seu histórico é péssimo , político radical invasor de propriedade privada pelo qual foi preso já três vezes Todo mundo resolve bater no Pablo Marçal, não tem coragem de defender o candidato Esquerdista Comunista
Depois que sair os resultados das eleições , com os números reais Muito diferentes Dos das pesquisas principalmente da folha e Marçal disparando no segundo turno aí eu quero ver se vai ser aquela mesma cantilena de que o leitor mudou em cima da hora a sua decisão
Toda eleição a mesma coisa e as pesquisam erram sempre a favor da esquerda
Ricardo Nunes está na liderança nas pesquisas do DATAFOLHA. Logo, ele é da Esquerda.
ExcluirSão Paulo deixou de ser importante, economicamente, municípios como São Bernardo do Campo, por exemplo, tem despertado o interesse das Elites investidoras com mais de cem empresas Suécas deixando a Capital Política de olhos abertos para o orçamento público que vem se tornando um puteiro nacional e diga-se de massagem contida de belas mulheres e boazudas rodando a bolsinha no centro realçando a paisagem turística usando vários idiomas no vocabulário despudorado-sexual em busca da prosperidade social. Além do mais há um desprezo ao "Estatuto do Idoso ".
ResponderExcluirA campanha de Boulos devia usar mais a imagem da Marta,que sequer apareceu.
ResponderExcluir