Folha de S. Paulo
Aprovação de PEC que permite ao Legislativo
derrubar decisões do Supremo minaria princípio da separação dos Poderes
Antes de mais nada, deve-se distinguir o que
é só jogo de cena daquilo que é para valer. A proposta de emenda constitucional
(PEC) que permite
ao Legislativo derrubar determinações do Judiciário é do primeiro
tipo.
A introdução de um mecanismo com esse teor no
arcabouço institucional brasileiro minaria o princípio da separação dos
Poderes. A medida é tão gritantemente inconstitucional que dá para afirmar que
a PEC, se aprovada, seria invalidada pelo STF, por violar
cláusula pétrea.
Os parlamentares obviamente sabem disso. Insistiram no trâmite da PEC, que passou pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, para pôr pressão política sobre os integrantes do STF, que vem tomando decisões que desagradam aos deputados, notadamente as relativas a emendas.
É possível ainda que os legisladores tenham
produzido essa PEC para ampliar a chance de aprovação de outros pontos do chamado
pacote anti-Supremo.
É um pouco como o restaurante que põe no
cardápio um prato estupidamente caro apenas para aumentar os pedidos do segundo
e do terceiro pratos mais caros. O cliente se sente psicologicamente
desimpedido para escolher esses itens e até mesmo virtuoso por ter feito uma
opção econômica. Os pratos número dois e três já estão no menu. São a PEC que
restringe o poder de magistrados de invalidar leis por decisão monocrática e os
projetos de lei que facilitam o impeachment de ministros do STF.
Para não dizer que os deputados estão
completamente equivocados, o excesso de decisões monocráticas é um problema
real, que vem contribuindo para o desgaste do Supremo. A própria corte já
alterou seu regimento interno para tentar amenizar os efeitos dessa patologia,
sem muito sucesso. Mesmo assim, não dá para dizer que o texto da PEC encerre
uma fórmula satisfatória para lidar com a questão.
Já as mudanças propostas para o impeachment
de magistrados criam tipos criminais tão vagos que parecem desenhadas
para tentar manter os julgadores sob controle parlamentar —o que não deixa de
ser uma forma de desequilibrar o jogo.
STF vem derrubando decisões do Congresso Nacional aprovado na Câmara de deputados no Senado em duas rodadas numa caneta e ninguém nunca falou nada sobre a quebra da independência dos poderes Agora devido ao excesso de medidas autoritárias e ilegais do STF o Congresso previamente começa a delinear limites Para atuação da corte que sempre quis sair das margens da Constituição pode ter as suas decisões revogadas
ResponderExcluirO Congresso representa democraticamente pelo voto à vontade do povo os membros do STF foram colocados lá por presidente obedeceu interesses pessoais e partidários o PT nomeou sete dos 11 membros do colegiado ou seja tem maioria pra fazer o que quiser e está usando esses ministros Para emplacar o seu projeto de governo atropelando as decisões legislativas aprovado em plenário
Não importa se aprovada, a lei, ou o quórum da aprovação. Há uma Constituição. Simples. Deve haver compatibilidade. Quem diz o que é compatível e o STF. Simples
ResponderExcluirO Supremo com se diz é o Supremo,simples assim.
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