O Estado de S. Paulo
Por que o golpe de Estado não vingou? A
reação contrária dos comandos do Exército e da Aeronáutica foi decisiva, mas
não foi o único fator a salvar o Brasil de mais um golpe militar. À não adesão
das Forças Armadas, somaram-se a falta de “povo” e o firme recado internacional
pró-democracia, particularmente do governo Joe Biden.
Sem os comandos militares, o “povo” e os Estados Unidos, como o capitão Jair Bolsonaro e um bando de valentões poderiam repetir o golpe de 1964, que nos roubou 20 anos de democracia? O de 2022 não teve força para ser concluído – o que não minimiza o crime nem deve minimizar as penas.
Bolsonaro não se elegeu presidente para
governar, mas sim para dar o golpe dos seus sonhos, e para isso transformou o
Planalto num bunker de generais, atraiu oficiais das demais patentes ao custo
de privilégios, cooptou as polícias militares, em especial a do DF, armou a sua
milícia civil e fanatizou milhões de brasileiros via internet.
Nada, porém, evoluiu como ele e seus
golpistas esperavam. O general Freire Gomes e o brigadeiro Baptista Jr.
disseram, olho no olho, para o então comandante em chefe das Forças Armadas que
nem eles nem os altos comandos do Exército e da FAB apoiavam a maluquice. O
almirante Almir Garnier, que comandava a Marinha, foi o único dos três a entrar
para a história como golpista.
Bolsonaro nunca governou, viajando pelo País
para atrair multidões para as ruas e manter uma mobilização constante do “povo”
contra as instituições e pela volta da ditadura militar – como já diziam as
faixas nas manifestações já no início do governo Bolsonaro. A guerra contra as
urnas eletrônicas era parte da estratégia. As tentativas de invadir a sede da
PF e de explodir um caminhão-tanque no aeroporto de Brasília, também.
Apesar de submetida a uma intensa incitação
ao crime, a sociedade brasileira não caiu na esparrela. Os idiotas que se
embolaram na lama (em duplo sentido) ao redor do QG do Exército, em Brasília, e
os que se uniram a eles no 8 de Janeiro para depredar Planalto, Congresso e STF
podem ser contados nos dedos. Na prisão, têm de parar de “mimimi” e passar a
agir como “machos, não como maricas”, como lhes ensinou o Messias na pandemia.
Por último, os EUA foram tão decisivos para o
golpe de 1964 como para inibir o golpe de 2022 no Brasil, avisando durante toda
a campanha eleitoral que apoiariam imediatamente o candidato eleito. Cumpriram
a promessa. O governo Biden foi o primeiro a reconhecer a vitória de Lula.
As condições do Brasil e do mundo em 1964
eram umas e, em 2022, outras. Como serão com Donald Trump de volta, Bolsonaro
encarando a prisão, a sociedade brasileira dividida e manipulada por fake news?
Dessa vez, nos livramos de um novo golpe, mas nunca é demais botar as barbas de
molho.
Eliane por linhas as tortas você falou o seguinte ; os mesmos Norte-americanos que pressionaram pela posse e reconhecimento da vitória do Lula agora estão contra ele Principalmente que ele está de braço dado com a China Inimigo dos Estados Unidos
ResponderExcluirA maré virou e da mesma forma vão intervir a favor do Bolsonaro é só aguardar muita coisa vai mudar
E tudo verdade,Eliane.
ResponderExcluirO retardado bolsonarista continua comentando. Paciencia !!
ResponderExcluirEstes malas fanáticos proliferam em tudo: comentários, grupos de WhatsApp etc., sempre repetindo a mesma ladainha, tentando se convencer de que não foram (ou são) otários.
ExcluirVocê jumentos petistas bem remunerado pra fazer esse papel ridículo vão cair do galho já já com essa empáfia e essa prepotência de merda de quem sabe muito mas na verdade sao ignorantes de pai e mãe
ResponderExcluirOu se fingem de jumentos para levar o dinheiro fácil
Vocês fanáticos de esquerda não aceitam o contraditório , só gostam quando um fica sentindo o cheirinho do fiofó do outro naquelas rodinhas fechadas
ResponderExcluirKkkkkkk
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