O Globo
A polícia ainda vasculhava os arredores do
Supremo em busca de explosivos quando Jair Bolsonaro, logo ele, fez um apelo à
“pacificação nacional”. “Já passou da hora de o Brasil voltar a cultivar um
ambiente adequado para que as diferentes ideias possam se confrontar
pacificamente”, escreveu.
O capitão classificou o atentado de
quarta-feira como um “fato isolado”, executado por alguém com “perturbações na
saúde mental”. “Isso tem de ser tratado como o que foi: um ato de loucura de
uma pessoa”, reforçou seu escudeiro Ciro Nogueira.
As investigações dirão se o chaveiro Francisco Wanderley Luiz agiu mesmo sozinho ao levar bombas para a Praça dos Três Poderes. O ato pode ter sido solitário, mas não foi isolado. Está ligado à espiral de violência política que começou com faixas pedindo um novo AI-5 e culminou na intentona golpista do 8 de janeiro.
O catarinense frequentava fóruns de extrema
direita na internet. Gostava de se exibir de verde e amarelo e de publicar
ameaças a políticos e juízes. Era um fanático a serviço do ódio, como os que
explodiram torres de energia e depredaram prédios públicos após a derrota do
Mito na última eleição presidencial.
O homem-bomba chegou a se candidatar a
vereador pelo PL. Depois do fiasco nas urnas, passou a clamar por golpe e
ditadura em portas de quartéis. Segundo a ex-mulher, ele acalentava o plano de
matar o ministro Alexandre de Moraes. Acabou tirando a própria vida para não
ser preso.
As explosões devem dinamitar as chances de
uma anistia aos golpistas. Prestes a ser indiciado pela PF, Bolsonaro tentava
costurar um acordão para escapar da Justiça. Ontem seus aliados admitiam que a
articulação foi pelos ares com o ato terrorista.
O capitão semeou extremismo para colher apoio
a seu projeto autoritário. Eleito presidente, usou os poderes do cargo para
incitar a tropa contra a imprensa, o Congresso e o Supremo. Agora posa de
pacifista para se descolar dos seguidores que ficaram pelo caminho, como o
chaveiro que morreu fantasiado de Coringa.
Como diz o ditado popular,quem planta vento...
ResponderExcluirO ato explosivo do bozinho catarino tornou Bolsonaro finalmente elegível:
ResponderExcluirA uma vaga permanente na Papuda!
Vai que é tua, Jair 🖕
Excelente! "O capitão semeou extremismo para colher apoio a seu projeto autoritário. Eleito presidente, usou os poderes do cargo para incitar a tropa contra a imprensa, o Congresso e o Supremo. Agora posa de pacifista para se descolar dos seguidores que ficaram pelo caminho"...
ResponderExcluirSC é o estado mais bolsonarista do país, não é à toa que o terrorista tentou ser vereador pelo PL do GENOCIDA neste estado. Em SC, Bolsonaro se sente em casa e passa as férias na praia de Camboriú, onde seu filho mais novo, Jair Renan ou 04, é uma das celebridades locais e foi o vereador mais votado este ano...