O Estado de S. Paulo
Não se governa, a partir de 2027, com este arcabouço fiscal – aqui desde sempre chamado de natimorto fiscal, carne podre a ser rolada 2026 adentro. Foi o governo Lula, o criador do presunto, que nos contou – como se não fosse com ele. O arcabouço fiscal é uma fraude – o que se conta. Constrangedor para seus formuladores, entre os quais o ora presidente do BC, que tem mandato para combater a inflação com a qual o troço é complacente. Constrangedor também para quem acreditou na farsa. Essa carne sempre foi podre.
O arcabouço fiscal é – sempre foi – uma
mentira. O governo admite. A turma apresentava a proposta de LDO para 2026 e, à
guisa de projeção, soltou distraidamente que o puxadinho tem data de validade,
não à toa coincidente com o fim do ano eleitoral. Uma confissão – para quem
ainda não tivesse entendido o que se inaugurara com a PEC da Transição. O
arcabouço fiscal, vendido por solução estrutural, foi concebido como fachada
para tiro curto. Para grande expansão de gastos em janela breve. Para enganar
quem queria ser enganado.
O mundo da fantasia – este do voo de galinha
da economia brasileira – acabará a partir de 2027. Foi o governo Lula que nos
contou, como se não fosse o pai da criança-gastança. Puseram o terceiro escalão
da Fazenda para nos informar sobre o apocalipse fiscal, marcado para depois das
eleições. Até lá, tudo uma maravilha. Tudo em nome de Dilma 4.
Não havia ministro – nem Haddad nem Tebet
foram à leitura do testamento. Nem sequer um secretário-executivo botou a cara
para nos comunicar que vamos bem – com superávit – até 26; e que depois, de
súbito, do nada, a casa cairá. Não havia um ministro para nos chamar de
trouxas.
Foi assim mesmo, seus trouxas. Vamos bem até
26, fechando no azul, batendo as metas, e então, de repente, as trevas se
imporão – como se relação de causa e efeito não houvesse. Vamos bem até 26 –
desde que arrumemos, para fechar 26, R$ 118 bilhões. Só depois, em 27, virá o
caos. Uau!
Os ministros fugiram vergonhosamente dessa
vergonha. A da comunicação de que está contratada herança maldita – como se
obra do espírito santo. A da admissão de que identificam a bomba que se arma e
de que nada farão, senão empurrá-la para frente. Pior: confessam que
compreendem a bomba que montam e ajudam amaquiar, eque continuarão a engordá-la
até a eleição – pela reeleição.
Até lá, graças ao Posto Ipiranga de Lula,
pedalar-se-á, pendurados bilhões para fora. O Posto Ipiranga de Lula – sacada
do repórter Daniel W eter man–é o STF, que garantiu a retirada de porção
significativa das despesas com precatórios do limite de gastos. Vale até o fim
de 2026. Até o fim deste mandato. Até o fim do ano eleitoral. Ninguém no
Planalto parece preocupado. Reeleito o presidente, sempre se poderá reeleger-
renovara pendura ..
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