quarta-feira, 27 de maio de 2009

Recuo de PT e PMDB enterra reforma política

DEU EM O GLOBO
Oposição critica decisão e ameaça obstruir as votações

BRASÍLIA. PMDB e PT recuaram, e mais uma vez está enterrado o debate da reforma política na Câmara. Sob pressão de oito partidos menores da base aliada (que somam 177 deputados), as duas legendas não assinaram o requerimento que permitiria a discussão, em plenário, da lista fechada de candidatos nas eleições proporcionais. Como alternativa, tentarão votar mudanças na lei eleitoral para 2010, para evitar que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabeleça regras. A oposição ameaça obstruir as votações.

- Qualquer reforma política, só se houver consenso da base - disse o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN).

- O PT tem duas prioridades: fazer reforma política e trabalhar pela unidade da base. As duas têm o mesmo peso. Dificilmente aprovaríamos a reforma. Vamos trabalhar pela unidade e pelo Congresso revisor em 2011 - afirmou o presidente do PT, Ricardo Berzoini (SP).

Em plenário, líderes do DEM, do PSDB e do PPS criticaram o recuo. E obstruíram a sessão de ontem. O líder do PSDB, José Aníbal (SP), avisou que não discutirá mais nada:

- Estavam nos convidando para uma farsa. Ao primeiro ranger dos dentes, o governo, que nunca teve compromisso com essa reforma, e os líderes dos maiores partidos refluíram.

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