sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Nova Escola: após novo protesto em Laranjeiras, professores decidem manter greve

Isabela Bastos
DEU EM O GLOBO


RIO - Após quase três horas de reunião na Academia Brasileira de Imprensa, os professores da rede estadual decidiram manter a greve iniciada há três dias até a próxima terça-feira, quando está marcado um novo protesto em frente à Assembleia Legislativa (Alerj). Durante a tarde desta quinta, cerca de 500 professores, funcionários e alunos da rede estadual de ensino, segundo estimativas da Polícia Militar, fizeram passeata em protesto ao projeto do Nova Escola, que viria a ser sancionado no início da noite pelo governador Sérgio Cabral. Os professores, no entanto, insistem na inclusão dos profissionais que trabalham em regime de 40 horas no plano de carreira e na incorporação, ainda neste mandato, da gratificação do Nova Escola, prevista para ser concedida escalonadamente até 2015.

Com flores nas mãos, apitos e narizes de palhaço, os profissionais de ensino tomaram todas as faixas da Rua das Laranjeiras e se dirigiram ao Palácio Guanabara. O protesto foi acompanhado de perto por policiais militares do 2º BPM (Botafogo) e por batedores da Guarda Municipal. Não houve registro de conflitos.

Na chegada ao Palácio, os manifestantes ofereceram flores aos policiais, mas eles as negaram. Somente um tempo depois, um oficial recebeu as flores e cumprimentou os manifestantes. O ato também foi um protesto à truculência policial durante manifestação na terça-feira, quando

O Governo do Estado, em nota, disse nesta quinta-feira que "foi aprovado na Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) o programa de remuneração aos profissionais da Educação mais ambicioso e consistente dos últimos 30 anos. Não só com relação à valorização salarial substancial, mas no que diz respeito ao estimulo à especialização profissional com agregação remuneratória."

Em outubro, o secretário de Planejamento, Sérgio Ruy, irá receber representantes do sindicato da categoria. Ele tratará especificamente do Plano de Cargos e Salários para os professores de 40 horas semanais que somam 6.000 profissionais.

Na quarta-feira, representantes do Sindicato dos Professores se reuniram com deputados da base governista. A categoria quer a inclusão de profissionais que trabalham 40 horas por semana no plano de cargos e salários. O secretário estadual de Planejamento, Sérgio Ruy Barbosa, disse que o governo não vai voltar a negociar.

- Nós temos seis mil professores com carga horária de 40 horas, oriundos dos antigos Cieps, e eles vão receber o mesmo tratamento que estão recebendo os demais professores que estão contemplados no plano de carreira. O projeto foi aprovado por ampla maioria na Assembleia. Então não há mais razão para retomar essa negociação. O processo está esgotado - afirma o secretário.

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