quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Roberto Freire:: A vez de Serra e Aécio

DEU NO BRASIL ECONÔMICO

Ao contrário do que muitos analistas de política pensam, a decisão do governador de Minas Gerais, Aécio Neves, de deixar a disputa interna no PSDB pela indicação de candidato a presidente, não coloca seu colega José Serra, governador de São Paulo, sob pressão para oficializar seu nome como pré-candidato do partido.

Se o posto era alvo de disputa pelos dois governadores, está claro que, agora, Serra é o nome da oposição para levar essa empreitada adiante.

Não existe necessidade de oficializar uma candidatura se as eleições ocorrerão apenas em outubro de 2010. Sem falar que devemos ter presente, visto não sermos Lula, que a campanha eleitoral - até julho do próximo ano - é proibida por lei.

É compreensível que a mídia e tambémos adversários de Serra queiram uma oficialização de seu nome como candidato da oposição. Mas, qual seria seu interesse em tal medida?

Afinal, Serra é responsável por governar o estado mais desenvolvido e populoso do país, está comprometido com aqueles que o elegeram para comandar São Paulo.

Pode e deve esperar o momento apropriado para oficializar a candidatura. A oposição vai dedicar-se, agora, à sua principal preocupação, que é o papel de Aécio Neves na sucessão presidencial.

O governador de Minas sabe qual é sua responsabilidade nas eleições de 2010, do peso que vai exercer na vitória oposicionista sobre este governo, que transformou o pobre em dependente, em clientela do Estado; que devolveu o Nordeste aos coronéis; que aparelhou e partidarizou a máquina pública; que despreza as leis; que admite viver numa tênue e perigosa distância de uma polícia política e uma imprensa, em sua grande maioria, controlada e tantas outras mazelas de um governo soberbo.Sobre os ombros de Aécio recai a mesma tarefa que está nas mãos de Serra e de toda a oposição. Sua posição de liderança não só de Minas, mas de todo o país, inscreve-o na história das lutas democráticas e republicanas.

Comum gesto de desprendimento e uma demonstração de grandeza, Aécio viabilizou a unidade na oposição. Ainda terá de fazer mais: levar-nos à vitória, formando com Serra uma chapa forte, símbolo da competência na administração pública, da eficiência no gasto do dinheiro do contribuinte, enfim, das lições ele que vem dando ao país ao governar Minas Gerais igual que Serra no governo de São Paulo.

Entre Serra e Aécio não existe distinção de importância política ou viabilidade eleitoral. Em 2010, eles são, igualmente, os dois brasileiros mais credenciados para comandar o país.

A oposição precisa, igualmente, de ambos. Nenhum dos dois pode abdicar dessa responsabilidade. O PPS não fala de Aécio sem conhecê-lo de perto.

O partido contribui, com orgulho, para sua gestão, que vem modernizando Minas Gerais e implementando políticas públicas exemplares, que fazem de sua administração a mais bem avaliada do Brasil.

O tempo das disputas passou. Chegou a hora da unidade, de juntar forças e caminhar para a vitória.

O Brasil precisa tanto de Serra quanto de Aécio. Estamos certos de que nenhum deles faltará a esse chamado da cidadania democrática.

Roberto Freire é presidente do PPS

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