quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Pesquisa traz um retrato da recessão

DEU EM O GLOBO

Quando a Pnad foi a campo em setembro de 2009, a economia brasileira ainda estava se recuperando do tombo causado pela crise financeira internacional, que fez o país voltar a seu nível de produção de 2007. O Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos pelo país) tinha caído 3,3% no último trimestre de 2008 e 1,5% no primeiro trimestre de 2009, empurrando o país para a recessão. No ano passado, a economia recuou 0,2%. Este ano, até junho, o avanço já é de 8,9%, na maior alta semestral em 14 anos.

Em 2008, a taxa de desemprego brasileira era a segunda maior entre as grandes economias do mundo. Em 2009, no meio da crise, passou a ser a décima. Algumas regiões metropolitanas, em julho deste ano, já registravam taxa de desemprego abaixo da americana de antes da crise, próximas de 5% afirmou Cimar Azeredo, gerente de integração da Pnad com a Pesquisa Mensal de Emprego (PME).

Nos Estados Unidos, a taxa de desemprego subiu de 5,8% para 9,3% de 2008 para 2009 e hoje está em 9,6%. Os analistas preveem que, este ano, a economia brasileira vá crescer mais que 7,5%. Se confirmada, será a maior taxa de crescimento desde 1986, ano do Plano Cruzado. (Cássia Almeida)

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