Para Patriota, estratégia visa a reduzir tensões
Carolina Brígido
BRASÍLIA. O ministro das Relações Exteriores Antonio Patriota disse ontem que o Brasil manterá uma relação amistosa com o Irã, país que vem reprimindo manifestações antigoverno. Segundo ele, a relação faz parte da estratégia de "diminuir as tensões" do Irã com o resto do mundo. Em contrapartida, o ministro disse ter preocupação com países onde há pena de morte - e citou, como exemplo, a pena de apedrejamento, em vigor no Irã.
- O Brasil é um país sem inimigos que busca o diálogo com todos os quadrantes do globo. Consideramos que é interessante manter um diálogo com o governo iraniano, até mesmo para diminuir as tensões, porque o isolamento, às vezes, só exacerba o que já é uma situação preocupante e que pode levar a um conflito - avaliou Patriota.
A declaração foi feita na edição de ontem do programa de rádio "Bom Dia, Ministro". Patriota não considera que houve uma aproximação gratuita do Brasil em relação ao Irã durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
- O que eu acho que houve não foi propriamente uma aproximação com o governo do presidente Ahmadinejad, e sim um esforço de contribuir para a criação de confiança entre países como EUA e Irã, e contribuir para que houvesse uma solução diplomática para esta questão, que é uma das mais espinhosas da agenda internacional. Aliás, continua sendo esse o propósito da diplomacia brasileira - afirmou.
Pouco depois, ele disse que o país não apoia sanções aos países da região em crise por conta de manifestações populares.
- As sanções levariam a que resultados? Às vezes, as sanções só servem para exacerbar a situação interna.
FONTE: O GLOBO
Antonio patriota = celso amorim.
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