Base política de Agnelo Queiroz, ex-ministro e atual governador, Brasília foi a segunda cidade do País mais beneficiada com convênios
Thiago Herdy e Fábio Fabrini
BRASÍLIA – O Ministério do Esporte irrigou os cofres do governo e de entidades de Brasília, base política do ex-ministro e atual governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, favorecendo apadrinhados do PCdoB e de partidos aliados, suspeitos de desviar verbas. Na gestão de Agnelo, a capital federal foi a segunda cidade do País mais beneficiada com convênios, atrás apenas do Rio, cujo volume de repasses foi alto por conta da preparação do Pan-Americano 2007. Os cofres continuaram abertos nos anos seguintes, sob o comando de Orlando Silva.
Nas duas gestões, é como se Brasília tivesse se transformado na segunda capital do esporte do Brasil, bem à frente, inclusive, de São Paulo, maior cidade do País. Com Agnelo na direção da pasta e ainda no PCdoB – ele se transferiu para o PT em 2008 –, instituições do DF receberam R$ 62,9 milhões entre janeiro de 2003 e março de 2006, menos apenas que as do Rio (R$ 80,6 milhões).
Com Orlando, o favorecimento a instituições candangas continuou: R$ 106,4 milhões foram transferidos, contra R$ 558,4 milhões para o Rio. A capital paulista aparece em terceiro (R$ 69,2 milhões) e Fortaleza em quarto (R$ 64,7 milhões). Os dados foram levantados pelo jornal O Globo, com base nos 13.604 convênios firmados desde 2003 pelo Esporte. De lá para cá, 17,7% do total conveniado no DF foi para o governo local (R$ 30 milhões). O restante (R$ 139,3 milhões) foi distribuído entre 124 entidades e ONGs da capital federal.
Oitava instituição que mais recebeu recursos em Brasília, o Sindicato de Clubes e Entidades de Classe Promotoras de Lazer (SinLazer) tem como vice-presidente Antônio Ailton Batista de Oliveira, militante veterano do PCdoB e candidato a deputado distrital nas últimas eleições. Nos documentos do ministério, ele figura como responsável por dois convênios de R$ 3,3 milhões.
Num deles, R$ 1,6 milhão foram liberados para oficinas com cinco mil crianças carentes. Mas só 25% do público foi atendido, como admite o ministério. Embora exigido no contrato, não foi ofertado transporte regularmente. E, apesar do financiamento público, houve cobrança dos beneficiados para aquisição de material esportivo. O sindicato nega irregularidades.
Filiado ao PP, o pastor David Alves de Castro amealhou para a Igreja Batista Gera Vida Internacional R$ 1,215 milhão, valor que põe a entidade entre as 23 mais favorecidas. Tudo foi repassado, como registra o Portal da Transparência do governo, e o Ministério Público Federal (MPF) constatou inúmeras fraudes. Dois dias depois de firmar licitação para entregar cada lanche a R$ 0,75 a unidade, a empresa fornecedora pediu reajuste para R$ 0,94. Mas a entidade foi generosa: aumentou o valor para R$ 1,50.
Na ação, a Procuradoria da República no DF registra que, embora só 10% dos 5 mil jovens previstos no convênio tenham sido atendidos, a entidade pagou à empresa valor suficiente para alimentar quase todos (R$ 597,3 mil). Foram apresentados também comprovantes de pagamento a profissionais que, na prática, trabalharam como voluntários.
FONTE: JORNAL DO COMMERCIO (PE)
Me parece que os larápios do erário público estão gozando com a nossa cara. O Ministério Público , a Polícia Federal , a CGU , Polícia Civil , a Mídia - todos apontam que houve desvio de dinheiro público,só os larápios dizem que não tem provas quem acusa, e quem acusa é tb participante das fraudes,a doença contagiosa do malufismo contagiou a todos - neguem tudo, neguem e continuem negando o povo é palhaço e vai esquecer e nos eleger de novo, aí vamos lutar para que o processo prescreva,e tchau punição. tito from brasília.
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