segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Pela 1ª vez, PT fica sem cabeça de chapa no Rio

Francisco Góes

RIO - Pela primeira vez na história do partido no Rio, o PT não deverá ter candidato próprio às eleições municipais. Um acordo fechado no sábado indicou o vereador e líder do governo na Câmara de Vereadores, Adilson Pires (PT), para vice na chapa à reeleição do prefeito Eduardo Paes (PMDB). O deputado federal Alessandro Molon contestou a legitimidade do ato organizado pelo diretório municipal.

"Essa decisão foi tomada pela cúpula do PT e não tem legitimidade por não ter ouvido as bases do partido. Essa aliança é um erro histórico que o PT do Rio cometerá. Se ela se confirmar, será a primeira vez que o partido não terá um candidato à Prefeitura do Rio e, o que é pior, sairá às ruas pedindo voto para um projeto político conservador, contestado pelas bases", disse Molon em nota.

O presidente do diretório municipal do PT, Alberes Lima, rebateu Molon. Disse que agiu na legalidade, segundo o estatuto. Afirmou que o acordo com o PMDB foi aprovado por 200 delegados do PT, mas, segundo Molon, esses delegados não teriam sido eleitos para votar a aliança de 2012. Lima disse que há quatro anos, quando Molon era pré-candidato a prefeito e o PMDB desistiu da aliança com o PT, o partido manteve a candidatura. Molon disse que a situação agora é diferente pois, em 2008, ele foi confirmado em prévias que envolveram, segundo suas contas, 7 mil filiados.

O presidente do diretório municipal do PT acrescentou que o acordo reproduz a aliança nacional entre os dois partidos. Mas para Molon a decisão não tem valor legal. "Muita água vai rolar até junho de 2012", disse, referindo-se à data das convenções partidárias.

FONTE: VALOR ECONÔMICO

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