quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

BH: Mobilização popular será permanente

O fracassado reajuste para os vereadores de Belo Horizonte deixou como herança eleitores mais mobilizados, que prometem "ocupar" permanentemente a Câmara Municipal. Além do Veta, Lacerda, movimento que foi às ruas pedir a negativa do prefeito ao reajuste, as redes sociais criaram o Ocupe a Câmara. Ontem, responsáveis pela iniciativa lançaram um cadastro de interessados em se revezar nas galerias do Legislativo Municipal para acompanhar as votações.

A ideia é nunca deixar os vereadores sozinhos no plenário, para evitar "surpresas" nas votações. Ao se inscrever, a pessoa informa sua disponibilidade de acompanhamento das sessões, e os horários de rodízio serão definidos pelos moderadores do grupo no Facebook. Eles consideram que a pressão popular foi fundamental para impedir o reajuste de 61,8% no salário dos vereadores.

Não faltou barulho da população na tentativa de derrubar o aumento votado pelos próprio vereadores no apagar das luzes de 2011. Estudantes e trabalhadores foram para a porta da prefeitura com apitos, instrumento de percussão e as próprias vozes, que chamaram à responsabilidade o prefeito Marcio Lacerda. Com cartazes, eles orquestraram buzinaços e pararam o trânsito na Avenida Afonso Pena, em frente à sede do Executivo.

Pelas redes sociais, os manifestantes divulgaram fotos e currículos dos vereadores, ameaçando vetá-los nas urnas em outubro, quando a maioria vai tentar a reeleição. O estudante de ciências socioambientais da UFMG Evandro Graton, participante do Veta, Lacerda, comemorou a decisão do prefeito, mas disse que a turma continua mobilizada. "Ainda que a Mesa tenha dito que não vai derrubar veto, eles podem propor outro aumento, e R$ 9 mil de salário já basta. Vamos motivar a população a ficar de olho e lembrar que eles tinham o interesse deles quando aprovaram o aumento", afirmou

FONTE: ESTADO DE MINAS

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