quinta-feira, 15 de março de 2012

Em apenas três estados, 1.756 políticos barrados

Com a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em condicionar os registros de candidaturas para as eleições deste ano à aprovação das contas de campanha relativas ao ano eleitoral de 2010, pelo menos 1.756 candidatos de um total de 6.732 que disputaram um mandato nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais estariam impossibilitados de concorrer no pleito. O grupo teve a contabilidade da disputa passada reprovada e representa um percentual de 25% das candidaturas.

Quem não apresentou os números também ficará de fora da disputa. Somente no Rio de Janeiro foram 541 candidatos e, em Minas Gerais, 358. Pela resolução do TSE, os candidatos que forem barrados por irregularidades nas contas não poderão recorrer da decisão, mas a contestação da reprovação da contabilidade é prevista pela legislação.

Levantamento do TRE-RJ apontou que dos 2.527 candidatos em 2010 no Rio, 949, o equivalente a 38%, tiveram contas rejeitadas, e outros 541 não prestaram informações à Justiça Eleitoral. A soma (1.490) representa 59% dos políticos.

Já em Minas Gerais, dos 1.570 candidatos que participaram das eleições passadas, 543 tiveram contas não aprovadas. Outros 185 não justificaram os gastos.

Em São Paulo, 2.635 políticos participaram do pleito de 2010, sendo 622 com a contabilidade considerada irregular pelo TRE-SP. O número representa quase um quarto do total de candidatos (23,7%). O TSE-SP não divulgou quantos políticos deixaram de justificar os números.

De acordo com a Justiça Eleitoral, há um cadastro de pelo menos 21 mil contas de campanha rejeitadas em todo o país. Não se sabe, no entanto, quantos vão disputar as eleições deste ano. Ao analisar a decisão do TSE, no início deste mês, o presidente do TRE-RJ, Luiz Zveiter, afirmou ser difícil algum candidato com contas irregulares conseguir a garantia de disputar um mandato em outubro.

O GLOBO

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