terça-feira, 1 de maio de 2012

PPS lança nota crítica à desindustrialização e à xenofobia, no dia do trabalhador

Por: Valéria de Oliveira

No dia do trabalhador, PPS lança nota em que analisa a xenofobia e medidas que tiram direitos dos trabalhadores, resultantes da crise do capitalismo. O texto critica o governo Lula/Dilma por seguir "a mesma cartilha e pendurar a conta da crise nas costas dos trabalhadores brasileiros".

Para o PPS, o governo passou 2011 envolvido em escândalos de corrupção que levaram à queda de ministros e não foi capaz de estabelecer uma agenda de retomada do crescimento sustentável nem reverter o processo de desindustrialização "que está fazendo o país regredir à sua condição colonial de exportador de matéria-prima". Leia íntegra abaixo.

"Um 1º de Maio de Luta!

Atravessamos atualmente uma das mais devastadoras crises do capitalismo, com uma diminuição brutal da oferta de trabalho nos países desenvolvidos, cujas implicações políticas já apresentam um forte incremento do xenofobismo e de movimentos reacionários que visam tirar direitos dos trabalhadores. No Brasil, o governo Lula/Dilma segue a mesma cartilha e pretende pendurar a conta da crise nas costas dos trabalhadores brasileiros.

O governo do PT passou o ano de 2011 sobressaltado por queda de ministros envolvidos em escânda-los de corrupção e tentando consertar a irresponsabilidade fiscal utilizada para eleger Dilma, e não conseguiu estabelecer uma agenda de reformas para fazer o país retomar o crescimento de forma sustentável e reverter o processo de desindustrialização que está fazendo o país regredir à sua condição colonial de exportador de matéria-prima.

A desindustralizaçao é hoje a principal ameaça aos trabalhadores brasileiros, que cada vez mais veem os seus empregos exportados para outros países mais competitivos, com o câmbio mais adequado e juros civilizados. Agindo de forma errática o governo Dilma já lançou três versões de um plano para estancar a sangria da industria nacional, o que só fez serviu para transferir imensas quantias do BNDES para alguns empresários escolhidos por sua proximidade com o poder.

Soma-se a isso o aumento de impostos e o processo de corrosão da renda propiciados pela inflação, que ameaçam as conquistas recentes proporcionadas pela estabilidade econômica e sinalizam que os trabalhadores pagarão a conta pela farra fiscal e pela incompetência gerencial dos governos Lula/Dilma.

Mas os trabalhadores não estão parados. Assistimos a greves nas obras do PAC, por melhores salários e condições de trabalho. Os funcionários públicos têm cobrado as promessas da campanha eleitoral. Outras categorias fazem valer seus direitos através de luta e mobilização.

O governo demonstra notória incapacidade de resolver nossos problemas de infraestrutura física e humana. Basta ver a paralisia de inúmeras obras do PAC e o precário estado dos serviços públicos da educação, saúde e segurança que vivencia o povo todo dia. É incapaz, também, de promover as reformas democráticas do Estado que necessitamos para melhor enfrentar os desafios do mundo globalizado.

Assistimos à velha maneira de governar em que os maiores beneficiários são os rentistas do sistema financeiro, que absorvem a maior parte do orçamento público via rolagem da dívida interna, e as elites políticas tradicionais e novas mantidas pela generosa distribuição de cargos e benesses na máquina pública.

Neste 1º de maio, a luta dos trabalhadores para garantir seus empregos e suas conquistas perpassa pela denúncia de um governo pretensamente "dos trabalhadores", mas que governa um Estado que continua a ser agente de concentração de renda.

O Partido Popular Socialista - PPS solidariza-se com a luta dos trabalhadores e apresenta-se como seu instrumento de mobilização e organização para resistir e avançar na luta por melhores salários e condições de trabalho!

Roberto Freire – Presidente nacional do PPS"

FONTE: PORTAL DO PPS

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