domingo, 10 de junho de 2012

Isolado em SP, PT tem chapas gigantescas na Grande SP

Em São Bernardo, Luiz Marinho pode reunir apoio de até 20 siglas

Em Osasco, o deputado federal João Paulo Cunha, que é réu no mensalão, juntou 21 legendas em aliança

Daniel Roncaglia

Enquanto o pré-candidato Fernando Haddad enfrenta dificuldades para fechar alianças em São Paulo, petistas das principais cidades ao redor da capital já garantiram apoio de um grande número de partidos para as eleições municipais.

Favorito à reeleição, o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, tem 19 siglas na sua chapa, incluindo o DEM, e negocia para tirar da disputa o pré-candidato do PMDB, Tunico Vieira.

Já em Guarulhos, o prefeito Sebastião Almeida tenta fechar com 18 legendas. "Apenas PSDB, PPS e DEM não estão conversando para fazer parte da aliança", conta a vereadora Marisa de Sá.

A situação é a mesma para o pré-candidato de Osasco, deputado João Paulo Cunha, que reuniu 21 siglas na sua chapa. O acordo foi costurado apesar da possibilidade de ele não participar da eleição, pois é réu do mensalão.

Até o fim do mês, quando termina o prazo das convenções, o PT pode fazer alianças que vão de 10 a 18 siglas em cidades como Embu das Artes, Santo André, Diadema, Carapicuíba e Suzano.

"A gente brinca que em Embu das Artes pode ser por W.O.", diz Valdir Fernandes, coordenador da Macro Osasco do PT. A cidade deve ter, além do prefeito Chico Brito (PT), o tucano Haroldo Marchetti na disputa.

Uma explicação para os acordos é o fato de o PT ter o maior número de prefeitos nas grandes cidades da região: "Quando o prefeito é de outro partido sempre é mais difícil", diz Marisa de Sá.

O PT administra 9 das 15 maiores cidades da Grande São Paulo, o que levou a região a ser chamada de "cinturão vermelho".

Nessas cidades, a TV aberta mostra a propaganda eleitoral da capital. Para Valdir Fernandes, isso facilita a composição de alianças. "A popularidade da presidenta Dilma e do ex-presidente Lula também ajuda nas negociações", diz o petista.

O PT estadual diz que a região é essencial para tirar o PSDB do governo paulista em 2014. A polarização é visível no número de candidaturas: nas 39 cidades da Grande SP, os tucanos terão 32 candidatos, e os petistas, 31.

FONTE: FOLHA DE S. PAULO

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