terça-feira, 14 de agosto de 2012

Em BH, Ministro é alvo de críticas

Candidato à reeleição, Marcio Lacerda, e padrinho político, Aécio Neves, condenam participação do titular da Saúde na campanha adversária

Bertha Maakaroun

Depois de passar por Belo Horizonte sexta-feira e sábado em campanha ao lado do candidato petista à Prefeitura de Belo Horizonte, Patrus Ananias, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, tornou-se alvo de adversários. Em ato pela candidatura à reeleição do prefeito Marcio Lacerda (PSB) ontem, o senador Aécio Neves (PSDB) considerou "patéticas" as declarações de Padilha, segundo as quais, se eleito, Patrus teria prioridade na liberação de recursos no Ministério da Saúde. "Considero patética a participação nesses últimos dias do ministro da Saúde em Belo Horizonte", criticou Aécio.

O senador acrescentou: "A ditadura durante 20 anos impediu que os brasileiros elegessem os seus prefeitos de capitais exatamente para defender esse alinhamento automático. Esse é o discurso do atraso, que mostra a meu ver, um certo temor da candidatura adversária". Segundo Aécio, Minas e Belo Horizonte terão recursos do governo federal por que têm direito. "Governei por oito anos com o presidente Lula e jamais Minas foi preterida. Lula teve uma relação republicana, não por atenção a mim, mas por atenção a Minas. É triste ver um ministro de Estado chegar com um discurso do retrocesso, que terá a repulsa dos mineiros", acrescentou.

Na mesma linha, o prefeito Marcio Lacerda também criticou Padilha: "Ele está sendo indigno do cargo que ocupa, se afirma que se o seu candidato ganhar terá um tratamento diferenciado". Segundo Lacerda, apesar da boa relação que a Prefeitura de Belo Horizonte mantém com o Ministério da Saúde, muitos repasses de recursos estão atrasados. "Várias demandas nossas não têm sido bem atendidas. Mas imagino que não seja em função da disputa política", afirmou, sem especificar que tipo de pleitos estão sendo desconsiderados.

APOIO EM CAMPO Aécio participou ontem, ao lado de Lacerda, de um ato de campanha em que os dirigentes dos times de futebol Atlético, Cruzeiro e América assinaram um manifesto em apoio à reeleição do prefeito. Ainda nesta semana, estão previstos dois outros atos com a presença de Aécio e também do governador Antonio Anastasia. Amanhã servidores do estado vão hipotecar apoio ao socialista. No sábado, candidatos a vereador dos partidos coligados participarão de uma manifestação.

Durante o ato de apoio a Lacerda ontem, o presidente do Atlético, Alexandre Kalil, criticou o governo federal. "No Independência, o governo federal, o PT nos abandonou. Foi sabotado e executado por Aécio", disse. Igual raciocínio desenvolveu Aécio Neves, segundo quem, embora houvesse uma promessa do governo federal, o investimento não foi feito. "Resumo da ópera: os R$ 30 milhões não chegaram até hoje e o estado gastou R$ 100 milhões para concluir o estádio", afirmou.

Ao lado dos dirigentes do América, Marcus Salum; do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, e do Atlético, ex-jogadores também manifestaram apoio a Marcio Lacerda: Reinaldo, Batista e Dario "Peito de Aço" (Atlético), Toninho Cerezo, Paulo Isidoro e Cléber (Atlético e Cruzeiro), Buião e Ronaldo Luiz (América), Wilson Piazza e Geraldão (Cruzeiro) e Valdir (América, Atlético e Cruzeiro).

FONTE: ESTADO DE MINAS

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