terça-feira, 14 de agosto de 2012

Em Recife, Daniel (PSDB/PPS) no ataque ao PT e PSB

Chamar os candidatos do PSB e do PT à responsabilidade pelos resultados, bons ou ruins, da atual gestão municipal, encabeçada pelo prefeito João da Costa (PT), foi o tom da entrevista do candidato do PSDB à Prefeitura do Recife, Daniel Coelho, concedida ontem à Rádio JC/CBN. O nome do prefeito petista, que até agora se manteve neutro em relação à disputa, foi citado várias vezes pelo tucano em associação aos candidatos Humberto Costa (PT) e Geraldo Julio (PSB), quando não em críticas à gestão, em relação à condição de candidato indicado por um padrinho político, que marcou a postulação de João da Costa em 2008, na época endossado pelo então prefeito e atual desafeto, João Paulo (PT). O tucano comentou também esse primeiro momento de campanha pré-guia, seu desempenho nas pesquisas e estratégias que pretende utilizar durante o horário eleitoral gratuito.

“Até agora não entendi a diferença entre a candidatura do PT e do PSB, as duas representam a gestão de João da Costa e são corresponsáveis por ela”, insistiu o candidato. “E mais, se a gestão de João da Costa é boa, como diz o candidato do PT, por que ele não é candidato? Isso precisa ser explicado”, emendou. O tucano se valeu ainda da pecha de “candidato biônico” atribuída a Humberto Costa por sua candidatura ter sido fruto de uma intervenção da direção nacional do PT. “O Recife não pode correr o risco de ter outro prefeito biônico. O Recife não tem dono. O tempo da ditadura passou, quando governador e presidente escolhiam quem ia ser o prefeito do Recife”, atacou o tucano estendendo a crítica também a Geraldo Julio, endossado pelo governador Eduardo Campos (PSB).

Sobre seu posicionamento nas pesquisas, o candidato estacionou na casa dos 5% nas duas últimas consultas feitas pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau em parceria com o JC, Daniel avaliou que qualquer leitura neste momento é “equivocada” e “precipitada” e deu prazo de 15 dias após o início do guia eleitoral para uma avaliação confiável. “Nesse momento, o entrevistado em uma pesquisa é forçado a pensar sobre algo que ele não estaria pensando. Não há solidez nas respostas. Com o guia, o debate eleitoral deve ganhar as ruas de uma maneira muito mais intensa, então teremos números mais cristalizados”, avaliou o tucano. Para alavancar seus números após o inícios das inserções, Daniel não se esquivará de apontar os culpados para os “problemas da cidade”. “Vamos apresentar as soluções, sim, mas vamos também mostrar os problemas e porque eles aconteceram. Apontar os culpados que são esses grupos que governam a cidade há 50 anos”, acusou o tucano.

FONTE: JORNAL DO COMMERCIO (PE)

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