quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Marta: 'Lula é um deus; Dilma é bem avaliada, e eu tenho apelo'

Nova ministra diz que trio fará diferença na campanha de Haddad

Negativas. Marta deixou Senado e negou que ministério foi prêmio por seu apoio a Haddad:

"Quem me conhece sabe que eu não me prestaria a isso"

Maria Lima

BRASÍLIA Atropelada na sua pretensão de disputar a prefeitura de São Paulo pela presidente Dilma Rousseff e pelo ex-presidente Lula, a futura ministra da Cultura, senadora Marta Suplicy (PT-SP), não se faz de rogada e considera que poderá, agora, fazer a diferença para levar o petista Fernando Haddad para o segundo turno. A petista garantiu que vai continuar fazendo campanha para Haddad aos sábados e domingos, e mandou um recado para os adversários: o trio formado por ela, Dilma e Lula é muito forte.

- O trio Lula, Dilma e Marta é muito forte. O Lula é um deus! Dilma é bem avaliada, e eu tenho o apelo de quem fez. Então, com a entrada desse trio, vai dar certo. Eu combinei que ia entrar na hora (certa), e agora estou entrando. Russomanno tem votos um pouco dele, de petistas, de martistas, de gente insatisfeita com o Serra e de eleitores que não sabiam quem era Haddad e (Gabriel) Chalita (candidato do PMDB). Vou tentar recuperar os votos de petistas e martistas - afirmou Marta, ex-prefeita da capital.

Gastar sola de sapato

Sete meses depois de ver abortado pela cúpula petista seu projeto de tentar um novo mandato na prefeitura, Marta não só ganhou um ministério - que desejava desde o início do governo Dilma - como agora é paparicada pela mesma cúpula petista e pelo comando da campanha de Haddad para que reforce o palanque do PT na capital paulista.

Marta nega, porém, que esteja se sentindo vingada agora. Altiva, reforça ela própria a importância de sua participação na campanha do ex-ministro Fernando Haddad:

- Não passa por aí (se sentir vingada). Eu fiquei triste na hora que aconteceu e não escondi de ninguém. Sempre disse: na hora que eu achar que eu faço diferença, vou estar lá. Falei para o Haddad para primeiro gastar sola de sapato conhecendo bem a cidade, e na hora que fizer a diferença eu entro. E vi nas carreatas que já começou a fazer a diferença.

A senadora minimizou ainda as interpretações de barganha pelo cargo em troca do apoio a Haddad:

- Sempre iriam fazer essas insinuações mesmo. Mas quem me conhece sabe que eu não me prestaria a isso.

FONTE: O GLOBO

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