domingo, 23 de setembro de 2012

Serra e Haddad partem para o vale-tudo por vaga no 2º turno


Confronto em SP busca votos de antipetistas e de eleitores tradicionais

Thiago Herdy

SÃO PAULO - Com a liderança de Celso Russomanno (PRB) inabalada a duas semanas das eleições, José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT) partiram para a canelada e iniciaram o vale-tudo pela outra vaga no segundo turno da disputa pela prefeitura de São Paulo.

O clima esquenta com Serra buscando garantir o voto antiPT na cidade, público que os petistas estimam em torno de 30% do eleitorado. Haddad corre atrás do eleitorado tradicional do partido, cerca de um terço dos eleitores.

O discurso da coordenação das duas campanhas é afinado quando o tema é Russomanno, dono de 35% dos votos, segundo o último levantamento do Datafolha: insistem que alguém precisará bater no primeiro colocado nas pesquisas para conseguir ir ao segundo turno. A análise leva em conta os votos roubados pelo político do PRB de tradicionais redutos do PT e do PSDB. Mas, enquanto nenhum dos lados levanta a espada contra Russomanno, os golpes certos dos próximos dias serão contra o adversário de sempre.

Munição petista contra Serra guardada para o fim da campanha está pronta para vir à tona. Os temas preferidos da coordenação de Haddad envolvem Paulo Preto, ex-diretor da Empresa de Desenvolvimento Rodoviário S.A do Estado de São Paulo (Dersa) e apontado por petistas como arrecadador informal da campanha de Serra à presidência em 2010; e o caso de Hussein Aref, ex-diretor do Departamento de Aprovação das Edificações de São Paulo suspeito de enriquecimento ilícito.

Aref foi nomeado na gestão de Serra na prefeitura e deixou a administração do prefeito Gilberto Kassab (PSD) neste ano.

- São muitos os temas para colocarmos na mesa. O que segura o Serra é uma âncora chamada Kassab. Vamos mostrar que o projeto político Serra-Kassab é um só - afirma um dos coordenadores petistas, citando o índice de rejeição do atual prefeito, de 44% dos eleitores, de acordo com o Datafolha.

FONTE: O GLOBO

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