quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Sentença de prisão para Dirceu corre pelo mundo

A mídia internacional repercutiu com destaque a sentença de mais de dez anos de prisão dada pelo STF ao ex-ministro José Dirceu. O "The New York Times" avalia que é a mais dura condenação por corrupção contra um político no Brasil. O "Financial Times" afirma que se abriu um precedente de punição dos corruptos. O brasilianista Matthew Taylor acredita que o Supremo deu uma "lição de que a lei se aplica a todos".

Sentença dada a Dirceu tem destaque internacional

Para "Financial Times", caso é um divisor de águas na Justiça brasileira

Jornais do mundo todo trataram ontem a condenação pelo STF do ex-chefe da Casa Civil José Dirceu como uma decisão marcante e um símbolo no combate à impunidade. O "The New York Times" fez reportagem em sua versão impressa e afirmou que se trata da mais dura condenação por corrupção contra um político do alto escalão do governo no Brasil. Mas se mostra cético quanto à permanência de políticos na prisão no país.

"É muito raro no Brasil um político do alto escalão passar muito tempo na prisão por corrupção ou outros crimes", conclui o jornal.

Já o britânico "Financial Times" destacou que a decisão do Supremo abriu um precedente no Brasil, que tem "uma longa e pitoresca história de políticos que cometem crimes e escapam da punição".

"O caso está sendo considerado como um divisor de águas em um país onde os políticos e as elites são acusados de usar um sistema jurídico ineficiente para agir com impunidade", escreveu.

A rede de televisão inglesa BBC, em seu site, também noticiou a condenação com destaque: "A sentença foi vista por muitos no Brasil como evidência de que políticos não estão imunes a punições".

Já o espanhol "El País" reforçou a ligação de Dirceu com Lula e Dilma. O jornal também reproduziu o bate-boca entre o relator Joaquim Barbosa e o ministro revisor, Ricardo Lewandowski, "que anteriormente havia absolvido Dirceu, e acusou Barbosa de surpreender o tribunal com o expediente do dia".

Fonte: O Globo

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