sexta-feira, 19 de abril de 2013

Para Campos, aprovação de projeto que limita novos partidos é 'manobra antidemocrática'

Texto, que seguirá para votação no Senado, dificulta candidatura de Marina e pode atrapalhar pretensões do governador de PE, provável candidato à Presidência

Angela Lacerda

RECIFE - O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), classificou nesta quinta-feira, 18, como "manobra antidemocrática" a aprovação pela Câmara do projeto de lei que limita o acesso de novos partidos ao Fundo Partidário e ao tempo de propaganda na TV e no rádio, na noite dessa quarta, 17.

"Não podemos ser favoráveis a uma manobra antidemocrática como esta, que limite espaço de expressão de uma corrente de opinião legitimamente reunida em torno da liderança da ex-senadora e ex-ministra Marina Silva", afirmou Campos, provável candidato à Presidência da República em 2014.

A aprovação do texto, que seguirá para votação no Senado, é considerada como fator complicador para a candidatura de Marina, que busca a formação de seu partido, o Rede Sustentabilidade. O projeto de lei dificultaria também as pretensões de Campos, pois quem mudar de legenda não poderá levar o tempo de TV. O texto foi aprovado por 240 votos contra 30 e contou com o apoio do Planalto.

"É um casuísmo lamentável, contra o qual o PSB, como partido, se posiciona firmemente", reiterou, ao lembrar que a legenda ajudou a viabilizar o PSD do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, em 2011. "Agora, até por coerência, não podemos ser favoráveis a uma manobra deste tipo."

Campos evitou falar sobre a atuação do governo federal pela aprovação do texto e sobre possíveis dificuldades que a aprovação do projeto venha a trazer aos planos eleitorais do PSB. "Sei que o pessoal da base do governo fez isso, o que é um casuísmo lamentável", reiterou.

O governador saudou a criação da Mobilização Democrática (MD), resultado da fusão do PPS e do PMN, oficializada nessa quarta, mas também não comentou sobre a possibilidade de a nova sigla apoiá-lo numa possível disputa presidencial.

Fonte: O Estado de S. Paulo

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