quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

'Dá para mudar' preferência do eleitorado, afirma Campos

João Pedro Pitombo

Possível candidato à Presidência em 2014, o governador Eduardo Campos (PSB-PE) minimizou nesta terça-feira (3) o avanço da presidente Dilma Rousseff na última rodada de pesquisas do Datafolha sobre intenção de votos para a eleição presidencial do próximo ano.

Na simulação em que aparece na disputa contra Campos e o senador Aécio Neves (PSDB-MG), Dilma registrou 47% das intenções de voto, ante 19% de Aécio e 11% do governador de PE. O levantamento foi feito nos últimos dias 28 e 29. Em outubro, a presidente marcava 42%, contra 19% do tucano e 15% do pessebista.

Questionado sobre o resultado, Campos disse "não ter dúvida que dá para mudar" esses números. Afirmou que pesquisas internas do PSB mostram que 66% da população quer mudanças, e que esse patamar é próximo ao verificado nas eleições de 2002, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu José Serra sendo oposição ao PSDB, que governava com Fernando Henrique Cardoso.

"As pessoas vão sair de casa [em 2014] em busca de algo diferente", afirmou Campos.

O governador e presidente nacional do PSB voltou a dizer que a sucessão presidencial ainda não está na pauta da população.

"As pessoas estão ligadas em outros assuntos diferentes de política e sucessão. Na medida em que isso ocorrer, que será lá para agosto do próximo ano, as pessoas vão perceber que têm opções e vão se posicionar em relação a essas opções" afirmou.

Déda
Sobre a morte do governador de Sergipe, Campos afirmou que Marcelo Déda enfrentou o câncer "com dignidade". "Encontrei ele há oito dias. Nos momentos finais parecia que ele estava resignado e encontrava uma tranquilidade própria das pessoas que fizeram o bem aqui", afirmou.

Campos disse que irá homenagear Déda dando o nome do governador a uma biblioteca pública que será inaugurada em breve no Recife.

PIB de Dilma é "muito ruim", diz Eduardo Campos

Governador de Pernambuco e possível candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos classificou nesta terça-feira (3) como "muito ruim" a perspectiva de crescimento da economia brasileira em 2013.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou hoje que o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, soma dos bens e serviços produzidos em determinado período, recuou 0,5% no terceiro trimestre na comparação com o trimestre anterior, maior retração desde o primeiro trimestre de 2009.

"Em 2012 já tínhamos tido um crescimento de 0,9% [revisto pelo IBGE para 1%]. Imagine fechar 2013 com crescimento de 2%. É um resultado muito ruim. Uma coisa é você crescer 5% em cima de 4%, outra é crescer 2% em cima de 1%", disse o governador pernambucano, que esteve em Aracaju para o velório do governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT).

Campos disse que a projeção de crescimento de 2% do PIB para o ano é "muito ruim". Afirmou ainda, citando a responsabilidade do governo federal, que os últimos números trazem "preocupação", pois podem reforçar o sentimento de desconfiança de investidores em relação à economia brasileira.

"[Os resultados] mostram que é preciso sobretudo uma narrativa de longo prazo. As pessoas precisam saber para onde exatamente estamos indo. Estamos procurando dar sugestões e observações há muito tempo. Mas a gente sabe que papel estratégico fundamental é do governo", disse o governador.

Fonte: Folha de S. Paulo

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