sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Brasília-DF - Denise Rothenburg

Estações separadas
OK. O PMDB promete ficar bonzinho com a presidente Dilma Rousseff até que ela volte da viagem à Suíça e a Cuba para cuidar com mais afinco da reforma ministerial. Mas alguns pontos ficaram muito bem definidos: o PMDB não quer saber de misturar governo e eleição. Espaço de poder na administração pública é uma coisa. Palanques estaduais representam outra muito diferente. Obviamente, o partido considera “natural” a presidente Dilma não querer premiar aqueles que lhe viram as costas para 2014. Mas não adianta ela conceder ao PMDB todo o espaço do mundo no último ano de governo e o PT enfrentar os peemedebistas nos estados sem dó.

Em relação aos palanques, o PMDB quer uma definição logo. Como esta coluna divulgou em primeira mão lá atrás, a antecipação da convenção que escolherá o rumo do PMDB nas eleições deste ano, decidida por unanimidade ontem, vem justamente no sentido de cobrar dos petistas a retirada de alguns candidatos de campo, em especial, Lindbergh Farias no Rio de Janeiro.

Sérgio, o problema
Não, não é o Cabral, governador do Rio de Janeiro. É o Machado, da Transpetro. O PMDB só terá condições de pleitear um sexto assento na Esplanada se aceitar tirar o ex-senador Sérgio Machado da subsidiária da Petrobras. E sem reclamar.

Renan e as Alagoas
Na reunião dos peemedebistas na noite de quarta-feira, o presidente do Senado, Renan Calheiros, avisou que o candidato a governador de Alagoas será Renan Filho e não o senador.

Eunício e o Ceará
Como pré-candidato a governador do Ceará, o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, foi o único que não defendeu a ida do senador Vital do Rêgo para o Ministério da Integração Nacional. Faz assim um gesto no sentido de afago aos Ferreira Gomes, Cid e Ciro, que ainda não anunciaram quem vão apoiar para governador, embora sejam remotas as chances de fecharem com o peemedebista.

A mensagem dos rolezinhos
As autoridades estão tão perdidas agora, em relação aos passeios em grupo nos shoppings causando desconforto a clientes e lojistas, como estavam no início das manifestações de rua, no ano passado. Dentro do governo, há quem diga que não se deve proibir, mas há que se ficar atento a infiltrações de algo parecido como os tais black blocs. A diferença é que quem andar mascarado no shopping não está livre de ser preso imediatamente. Ali, a propriedade é privada.

Dilma e Blatter
Preocupada com os impactos da Copa do Mundo nas eleições, a presidente Dilma Rousseff desembarca no próximo dia 25 em Zurique para apaziguar a relação com o presidente da Fifa, Joseph Blatter (foto). Recentemente, ele criticou o atraso das obras no país.

ACM Neto e Marta
A festa da Lavagem do Bonfim foi tão calma que ACM Neto e Marta Suplicy conversaram animadamente por um longo tempo, apesar do barulho. A calmaria, aliás, já havia sido prevista no terreiro Ylê Axé Oxumarê, um dos centros de cultura afro, tombado pelo Iphan com direito a placa de reconhecimento como patrimônio do Brasil.

No embalo da festa…
O governador da Bahia, Jaques Wagner, avisou que ficará no cargo até o fim do ano. Ou seja, vai capitanear do Palácio de Ondina a campanha de seu candidato, Rui Costa, ao governo estadual. Wagner, aliás, não ficou até o fim da festa do Bonfim por causa de uma fissura no pé. Assim, Rui Costa pôde testar sua popularidade sozinho.

A dor de cabeça
Que reforma ministerial que nada. O que tira o sono de Dilma é o medo de algo dar errado no período da Copa do Mundo. Daí, a atenção nos rolezinhos e nas obras. Já chega os alemães construindo seu próprio centro de treinamento na Bahia porque não gostaram das instalações disponíveis.

Fonte: Correio Braziliense

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