sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Panorama Político - Ilimar Franco

Quem mais tem a perder
Os governadores estão pressionados pelos rolezinhos nos shoppings. São eles que respondem pela ação das polícias Civil e Militar. Excessos e omissões cometidos pela polícia, diante de roubos e depredações, ou discriminações, vão recair sobre suas costas. O desgaste do governador Sérgio Cabral (RJ), nos protestos de junho de 2013, é visto como indicativo dos riscos que todos correm.

Briga de foice nos bastidores
É tenso o jogo de empurra-empurra por causa do polêmico artigo, no Facebook do PT, contra o governador Eduardo Campos. O vice-presidente petista, Alberto Cantalice, responsável político pelas redes sociais, está possesso com a tentativa de “companheiros” de culpá-lo no episódio. Ocorre que o responsável executivo pela página é o Secretário de Comunicação, José Américo Dias, que está sendo vendido, pelo cúpula paulista do PT, como o salvador da pátria. A repercussão negativa gerou um espetáculo de pusilanimidade. A lambança envolve um assessor da presidente Dilma, que estimulou o tom do artigo, e que agora se dedica a criticar o equívoco do texto.

“Todos os presidentes convocam rede de TV para desejar um feliz ano novo aos brasileiros. Daqui a pouco, até dar bom dia ao porteiro vai virar crime”
Helena Chagas
Ministra da Secretaria de Comunicação, sobre o pedido do PSDB pela cassação do mandato da presidente Dilma

A missão
O candidato do PSDB ao governo de Minas, Pimenta da Veiga, e o presidente estadual tucano, Marcus Pestana, se reúnem na próxima semana. O desafio é capitalizar o apoio do governador Antônio Anastasia e do senador Aécio Neves.

Divisão de tarefas
Polêmicas à parte, está acertado que a empresa Pepper continuará no comando da ação do PT nas redes sociais. A campanha para a reeleição da presidente Dilma ficou com Franklin Martins (foto). Um porta-voz do Planalto foi preterido. O jornalista Laércio Portela, ex-assessor na Saúde, deve pilotar a intervenção nas redes e Facebook.

Aviso aos navegantes
Com a palavra o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO): “O PMDB disse o que queria para a presidente Dilma. Mas na reforma ministerial, não fará um cabo de guerra nem vai esticar a corda. O Brasil precisa de unidade”.

O drama
O mais tenso na reunião do PMDB, no Jaburu, anteontem, era o líder no Senado, Eunício Oliveira (CE). Sem o apoio de seu aliado local, o governador Cid Gomes (PROS), está aflito para ter o PT na chapa para o governo. Embora não tenha apoiado os petitas nos dois últimos pleitos.

Conclusão do Planalto
Analisados os rolezinhos, os ministros do governo avaliam que não são protestos. O tratam como fenômeno social já ocorrido nos Estados Unidos. E que, são organizados “por uma garotada de classe média com acesso à internet e a celulares”.

Em sintonia
O governador Geraldo Alckmin (SP) e o Planalto não querem confronto com os protagonistas dos rolezinhos. Eles não querem atrair para si a ira das ativas e dinâmicas redes sociais. Em ano eleitoral, não querem se meter em confusão.

NO REINO DO ‘CONSIDEROL’. Políticos e autoridades identificaram um novo movimento crítico às suas ações e o batizaram de “filósofos do Facebook”.

Fonte: O Globo

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