terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Matteo Renzi recebe voto de confiança do Senado italiano

Mais novo premier da História do país teve 169 votos favoráveis e 139 contrários

ROMA - O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, recebeu um voto de confiança nesta segunda-feira do Senado do país. Ele foi aprovado por 169 votos; 139 senadores votaram contra seu governo. Antes da votação, ele defendeu os cortes em impostos trabalhistas, investimentos em educação e reformas institucionais para combater os problemas econômicos.

Enfrentando o Parlamento pela primeira vez, Renzi, de 39 anos, o mais jovem premiê da Itália, expôs um programa ambicioso de mudanças num discurso de uma hora. A margem de manobra de Renzi é limitada.

- Se perdermos esse desafio, a culpa vai ser somente minha - disse ele ao Senado.
A terceira economia da zona do euro precisa urgentemente de reformas para enfrentar seu deficit público de dois trilhões de euros.

Com o apoio do seu partido, o de centro-esquerda Partido Democrático (PD), de um pequeno partido de centro-direita, de centristas e outros grupos pequenos, Renzi ganhou a votação no Senado de 320 cadeiras.

Renzi, que era prefeito de Florença, ganhou a liderança do PD em dezembro e forçou o seu rival Enrico Letta a deixar o cargo de premiê neste mês, depois de criticar repetidas vezes o governo.
Renzi ofereceu um compromisso para manter as finanças públicas em ordem, o que ele disse que é um dever que a Itália tem com os seus filhos, e não com a União Europeia (UE), e não deu muitos detalhes se o seu governo buscaria algum tipo de alívio nos estritos limites orçamentários da EU.

O premier prometeu reduzir impostos para tornar mais barato para as empresas a contratação de funcionários.

Ele não explicou como o governo compensaria a medida, mas disse que iria avaliar um aumento dos impostos sobre renda financeira para cobrir a reforma trabalhista.

As reformas do sistema judiciário seriam finalizadas em junho, e as esperadas reformas constitucional e eleitoral seriam apresentadas ao Parlamento no fim de março. Depois da votação do Senado, a Câmara dos Deputados, onde o PD tem boa maioria, vota na terça-feira.

Fonte: O Globo

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