quinta-feira, 31 de julho de 2014

Diário do Poder – Cláudio Humberto

- Jornal do Commercio (PE)

• Alckmin aproveita briga de Skaf para atrair PMDB
Candidato à reeleição em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) tem aproveitado a queda de braço entre o adversário Paulo Skaf e o vice-presidente da República, Michel Temer, para angariar apoio nas bases do PMDB. Aconselhado pelo marqueteiro Duda Mendonça, que não vê a hora de dar troco no arquiinimigo João Santana, Skaf ignora os apelos de Temer e se recusa a oferecer palanque para presidenta Dilma.

• Cabo eleitoral
O deputado Gabriel Chalita (PMDB) – desafeto de Skaf em SP – tem trabalhado, nos bastidores, junto a prefeitos a favor de Geraldo Alckmin.

• Pura provocação
Padrinho da candidatura, Temer ficou irritado com peça na qual Skaf é questionado sobre apoiar Dilma e responde: “Sabe de nada, inocente”.

• Joga no lixo
A cúpula do PMDB avalia que a estratégia individualista que Skaf diminui chances de 2º turno, já que Alexandre Padilha não cresce nas pesquisas.

• Tem seus motivos
Não é à toa que Skaf tenta se descolar da presidenta Dilma: ela carrega 47% de rejeição em SP, onde hoje perderia para Aécio num 2o turno.

• Partidos reclamam da mão-de-ferro dos candidatos
Os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) têm mais em comum do que se imagina. Assim como o ex-presidente Lula não se cansa de reclamar que a sucessora não ouve ninguém, senadores e deputados do PSDB descem a lenha na postura do tucano Aécio Neves de decidir tudo sozinho. No PSB, o cenário não é diferente: Eduardo Campos não escuta nem a turma de Pernambuco.

• Só atrapalha
O PSB e PSDB reclamam que a centralização das decisões, além de não envolver aliados na campanha, fragiliza chances de chegar ao Planalto.

• Deu na mesma
Alvo de queixas, a presidenta Dilma abriu uma brecha e marcou reuniões com presidentes de siglas aliadas, o que não mudou muito nas decisões.

• Briga na Justiça
O PSDB entrou com nova ação no MP-DF contra Gilberto Carvalho por utilizar cargo de ministro para fazer propaganda negativa de Aécio Neves.

• Na pindaíba
Candidato ao governo do Rio, o senador Lindbergh Farias (PT) sofre do mesmo mal do correligionário Alexandre Padilha em SP: muito verbo e pouca verba. Os empresários negam doações eleitorais com medo das denúncias que batem na porta do PT e da falta de perspectiva de vitória.

• Vista grossa
Flagrado em áudios revelando com toda naturalidade que recebe propina, deputado Rodrigo Bethlem (RJ) avisou ao PMDB que desistirá da disputa à reeleição, mas deverá continuar filiado ao partido, que faz vista grossa.

• Vice ausente
Diferentemente de Michel Temer e Marina Silva, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) não acompanhou ontem o presidenciável Aécio Neves na sabatina com empresários na Confederação Nacional da Indústria (CNI).

• Para compensar
O deputado Luiz Pitiman – candidato tucano ao governo do Distrito Federal – fez questão de comparecer ontem na sabatina de Aécio Neves (MG), que está empatado com a presidenta Dilma nas pesquisas no DF.

• Gestos
Após a sabatina na CNI, Eduardo Campos (PSB) ofereceu a cadeira principal para coletiva de imprensa à vice Marina Silva: “Minha vez foi com empresários, agora é a sua”, disse brincando, e assumiu o posto.

• Destemperado
O senador Roberto Requião (PMDB-PR), chamado por adversários de ‘Maria Louca’, abandonou entrevista para rádio CBN de Cascavel ao ser questionado sobre retirada de aditivo que previa duplicação da BR-277.

• Quer enganar quem?
Presidente do PSDB-ES, César Colnago critica o presidenciável Eduardo Campos, que promete recuperar o Fundo de Desenvolvimento Atividades Portuárias, “quando a bancada dele votou contra o fundo no Senado”.

• Coisa de doido
Candidato ao Senado, João Paulo (PT-PE) virou alvo de chacota após entrevista sobre maioridade penal na qual falou de valorização da vida, meditação transcendental e terminou contando sobre amigo que tentou suicídio e cujo dia mais feliz da vida foi quando conseguiu fazer cocô.

• Pensando bem…
… com o futebolzinho jogado nos estádios após a Copa, o Templo de Salomão terá a maior média de público do Brasil.

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