sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Pesquisa Datafolha: SP, PE, PR, MG, DF, RJ, RS

São Paulo
Com 55%, Alckmin é líder isolado em disputa inalterada

Em cenário quase idêntico ao de julho, governador tucano seria reeleito no 1º turno, mostra Datafolha
Instados a listar as melhores áreas da gestão, 22% disseram 'nenhuma', 24% não souberam responder

O início das atividades de rua das campanhas eleitorais não produziu impacto relevante na disputa pelo governo do Estado de São Paulo.

Pesquisa Datafolha finalizada na quarta-feira (13) mostra que o tucano Geraldo Alckmin seria reeleito no primeiro turno com 55% dos votos, numa situação quase idêntica à da pesquisa anterior. Desde julho, ele oscilou um ponto para cima.

A vantagem de Alckmin em intenções de voto é bastante folgada. Ele tem mais que o dobro da soma de todos os seus adversários juntos.

Em segundo lugar na disputa aparece o presidente licenciado da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf (PMDB), com os mesmos 16% do levantamento anterior.

Enquanto o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT) oscilou de 4% para 5%, a soma das intenções de voto nos candidatos de partidos menores variou de 4% para 3%.

A margem de erro do levantamento é de dois pontos. Considerando isso, portanto, a situação de todos os concorrentes pode ser considerada inalterada em relação a julho.

O levantamento traz um indício de consolidação da posição de Alckmin: a melhoria de seu desempenho na pesquisa espontânea (quando o eleitor responde em quem pretende votar sem ver os nomes dos concorrentes). Ele passou de 15% para 20%.

No único cenário de segundo turno testado, Alckmin também lidera com folga. Vence Skaf por 63% a 26%.

A pesquisa apurou ainda as taxas de rejeição dos concorrentes. Padilha tem 28%. Skaf e Alckmin estão tecnicamente empatados nisso: 20% e 19%, respectivamente.

Aprovação
O Datafolha também investigou a aprovação da gestão Alckmin. O governo é considerado bom ou ótimo por 47%. Para 36%, é regular. E para 14%, ruim ou péssimo.

Instados a dizer espontaneamente quais são as melhores áreas do governo, 22% disseram "nenhuma". Outros 24% não souberam responder. O setor com mais citações positivas foi educação/escolas, com 12%.

No ranking das piores áreas, saúde foi lembrada por 48%. Violência/polícia ficou com 16%.

Pernambuco
Senador tem 47% e venceria eleição no primeiro turno

Se a eleição fosse hoje, o senador Armando Monteiro Neto (PTB) seria eleito governador de Pernambuco no primeiro turno. Ele aparece com 47% dos votos na pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (14).

Paulo Câmara, do PSB, aparece em segundo, com 13%. Ele era o afilhado político de Eduardo Campos, que morreu quarta-feira (13) num acidente aéreo em Santos (SP).Os outros quatro candidatos somam 5%.

O Datafolha ouviu 1.198 eleitores, entre os dias 12 e 13. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

A eleição em Pernambuco prometia um duelo particular entre Campos e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os dois foram muito próximos até que o ex-governador pernambucano deixou a base aliada de Dilma Rousseff (PT) para se lançar candidato à Presidência.

Monteiro, ex-presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), é o candidato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Câmara, ex-secretário da Fazenda de Eduardo Campos, contava com o padrinho político para alavancar sua candidatura. A ideia era repetir a fórmula de 2012, quando Campos elegeu outro desconhecido, Geraldo Júlio (PSB), prefeito do Recife.

A estratégia do PSB previa uma presença maciça do presidenciável na propaganda de rádio e TV de Câmara, que começa no próximo dia 19. Além disso, estava combinado que Campos aproveitaria as viagens ao Nordeste para participar de eventos junto com o afilhado político.

A dúvida, agora, é como o eleitor pernambucano irá reagir diante da morte trágica de Campos e de que forma os candidatos se comportarão em relação a isso.

Avaliação
O Datafolha também avaliou o grau de satisfação dos pernambucanos com o governador João Lyra Neto (PSB), que assumiu o cargo há quatro meses, quando Eduardo Campos se licenciou para a disputa presidencial.

Sua gestão foi aprovada por 24% dos entrevistados. Para 39% o desempenho de Lyra é regular e 12% o consideram ruim ou péssimo.

Para 22%, não há nenhuma área do governo Lyra que mereça ser destacada como a de melhor desempenho. Com 21% das citações, educação foi a área mais bem avaliada. Saúde foi a de pior desempenho para 42%.

Paraná
Tucano Richa e senador Requião dividem liderança

O atual governador Beto Richa (PSDB) e o ex-governador Roberto Requião (PMDB) dividem a liderança na disputa pelo governo do Paraná, diz pesquisa Datafolha concluída nesta quarta (13).

Richa está numericamente à frente de Requião: tem 39% das intenções de voto, contra 33% do peemedebista. Considerando a margem de erro, de três pontos percentuais para mais ou para menos, estão tecnicamente empatados.

Em terceiro lugar está Gleisi Hoffmann (PT), com 11%.

Com a liderança ameaçada, Richa elegeu Requião como seu principal alvo e afirma que tem várias "balas de prata" contra ele.

Porém, ainda que com alta rejeição (27%), Requião vem ganhando votos de eleitores insatisfeitos com o governo Richa, que passa por crise financeira e chegou a parar obras.

A rejeição do tucano já se iguala à de Requião, considerada a margem de erro: 23%.

O levantamento foi realizado com 1.226 pessoas.

Minas Gerais
Pimentel, do PT, tem vantagem sobre rival tucano

O ex-ministro do Desenvolvimento Fernando Pimentel (PT) lidera a disputa pelo governo de Minas Gerais com 13 pontos à frente do seu principal oponente, o ex-ministro das Comunicações Pimenta da Veiga (PSDB).

Pesquisa Datafolha realizada entre terça (12) e quinta (14) mostra o petista, apoiado pela presidente Dilma Rousseff, com 29% das intenções de voto, contra 16% do tucano, indicado pelo senador e candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB).

Os indecisos são maioria: 31%. E 14% dos eleitores entrevistados pretendem votar branco, nulo ou em nenhum nome. Por enquanto, 45% dos eleitores de Minas Gerais não têm candidato.

Em terceiro lugar na disputa, com 4%, aparece Tarcísio Delgado (PSB). Os outros quatro candidatos somam 5%.

A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

O Datafolha ouviu 1.238 eleitores em 50 municípios.

Distrito Federal
Mesmo cassado, Arruda segue na liderança

Mesmo com o registro de sua candidatura cassado pela Justiça Eleitoral, o ex-governador José Roberto Arruda (PR) segue na frente na disputa a governador do Distrito Federal. Pesquisa do Datafolha mostra que ele tem 35% das intenções de voto.

O atual governador, Agnelo Queiroz (PT), tem 19% e Rodrigo Rollemberg (PSB), 13%. Os demais candidatos marcaram 11%. Brancos e nulos somaram 12%, e indecisos, 10%. A margem de erro da pesquisa é de quatro pontos percentuais.

Com isso, Agnelo e Rollemberg aparecem tecnicamente empatados. Foram ouvidos 736 eleitores, entre terça (12) e quarta-feira (13).

Os entrevistados avaliaram mal a administração de Agnelo, que tenta a reeleição. Para 46%, sua gestão é considerada ruim ou péssima. Dessa forma, segundo o Datafolha, o atual governador tem a mais alta rejeição entre os candidatos, com 48%. Arruda vem em seguida --37% dizem que não votariam nele de jeito nenhum.

Rio de Janeiro
Crivella cai, e Garotinho é líder isolado

Senador do PRB perdeu 6 pontos percentuais e agora tem 18%, em empate técnico com Pezão, que tem 16%

Principal razão pode ter sido declaração polêmica associando falta de emprego a atos de criminalidade

O deputado Anthony Garotinho (PR) está isolado no topo das intenções de voto para o governo do Rio, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (15).

A liderança decorre principalmente da queda do senador Marcelo Crivella (PRB), que perdeu seis pontos percentuais em relação ao último levantamento.

O candidato do PR oscilou de 24% para 25%. O ex-ministro da Pesca, por sua vez, caiu de 24% para 18%. A margem de erro é de 3 pontos.

Crivella agora está em empate técnico com o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), que registra 16% das intenções de voto --oscilando positivamente dois pontos. O senador Lindbergh Farias (PT) manteve 12%.

Entre as 1.317 pessoas entrevistadas na terça (12) e quarta-feira (13), 17% declararam voto em branco ou nulo. Outros 10% afirmaram não saber quem escolher.

A queda de Crivella ocorreu principalmente nos municípios da região metropolitana, entre os mais pobres (renda familiar até dois salários mínimos) e os mais ricos (acima de dez mínimos).

Garotinho, por sua vez, sobe principalmente entre o que ganham de cinco a dez salários mínimos e Pezão, entre os que recebem acima de dez salários mínimos. Ele tem a maior rejeição, contudo, de 40%, contra 20% de Pezão e Lindberg e 16% de Crivella.

Uma hipótese para a queda de Crivella é a exploração de declaração dada à TV Bandeirantes. Ao defender a criação de mais postos de emprego na Baixada Fluminense, região populosa com eleitorado de baixa renda, ele disse: "se deixar a população da Baixada, das regiões periféricas, vivendo na miséria, essas pessoas migram para vir roubar na capital onde tem a maior riqueza".

Rio Grande do Sul
Senadora tem 39%, contra 30% de governador do PT

A senadora Ana Amélia Lemos (PP) lidera a disputa pelo governo do Rio Grande do Sul, de acordo com o Datafolha. Se as eleições fossem hoje, a candidata teria 39% das intenções de voto, contra 30% do segundo colocado, o governador Tarso Genro (PT), que tenta a reeleição.

O peemedebista José Ivo Sartori aparece em terceiro, com 7%. Vieira da Cunha (PDT) tem 3%, enquanto Roberto Robaina (PSOL) e João Carlos Rodrigues (PMN) estão com 1% cada.

Brancos e nulos somam 6%. Não souberam ou não quiseram opinar 14%.

A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou menos. O levantamento ouviu 1.233 pessoas entre terça (12) e quinta (14) e é o primeiro feito pelo Datafolha após a definição das candidaturas.

Tarso e Ana Amélia vêm polarizando a disputa desde o início da campanha.

O governador busca vincular a adversária ao tumultuado governo da tucana Yeda Crusius (2007-2010), que quase sofreu impeachment. O PSDB apoia a senadora.

Já Ana Amélia vem fazendo críticas à gestão das finanças estaduais pelo PT.

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