quarta-feira, 25 de março de 2015

Uma solução para desarmar a bomba na Câmara

- O Globo

A questão do reajuste do salário mínimo se tornou polêmica após o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, em sua primeira entrevista, ter dito que o governo iria mudar a regra.

- Vamos propor nova regra para 2016 a 2019 ao Congresso Nacional nos próximos meses. Continuará a haver aumento real do salário mínimo - afirmou Barbosa, sem adiantar qual seria a fórmula de cálculo.

Depois de levar bronca de Dilma, Barbosa divulgou uma nota dizendo que "a proposta de valorização do salário mínimo, a partir de 2016, seguirá a regra de reajuste atualmente vigente". E assessores de Dilma disseram que faltou "sincronismo político".

A equipe econômica vinha trabalhando em nova fórmula, com aval do Planalto, mas o governo queria que o assunto só viesse à tona no segundo semestre. Após a bronca de Dilma, o governo, na prática, se comprometeu em manter a fórmula vigente, na contramão do que a equipe econômica queria.

A nova medida provisória substituirá o projeto já aprovado pela Câmara que estende, até 2019, as atuais regras de correção do mínimo. Durante a votação, há duas semanas, não houve acordo sobre o destaque que reajustaria o pagamento para os aposentados que ganham mais que um salário mínimo, o que poderia virar uma bomba para o governo. O projeto foi agora retirado de pauta pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

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