quarta-feira, 18 de novembro de 2015

PMDB da Câmara lidera voto contra o governo no reajuste ao Judiciário

• Dos 52 votantes da sigla, metade dos peemedebistas apoiaram a queda do veto, 23 pela manutenção e ainda houve três abstenções

Ricardo Brito e Daiene Cardoso - O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA - A bancada do PMDB da Câmara, principal agraciada na reforma ministerial da presidente Dilma Rousseff, liderou o voto contra o governo pela derrubada do veto do reajuste dos servidores do Poder Judiciário. Dos 52 votantes, metade dos peemedebistas apoiaram a queda do veto, 23 pela manutenção e ainda houve três abstenções. Foi o maior apoio, em número absoluto, de um partido da base contra o Palácio do Planalto.

Parlamentares reclamaram do baixo quorum da votação na sessão conjunta e da rapidez com que o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), fez a votação - 15 minutos entre abrir e fechar a contagem dos votos. Dos 513 deputados, 394 votaram - 76,8% do total. Ao todo, 119 deputados não participaram da votação.

Por apenas seis votos, o veto foi mantido com o apoio dos deputados. Na Câmara, foram 251 votos pela derrubada do veto, 132 pela manutenção e outras 11 abstenções. O Senado não votou porque, pelo regimento, eles só votariam caso o veto fosse derrubado pela Câmara. Para serem derrubados, os vetos precisam ter o apoio de pelo menos 257 deputados e 41 senadores.

Os deputados do PP deram 17 votos para derrubar o veto e 12 para mantê-lo. No caso da bancada do PSD, foram 12 votos pela derrubada do veto e sete pela manutenção. O PDT, que foi deslocado na reforma ministerial da pasta do Trabalho para as Comunicações, teve apenas dois votos pela manutenção do veto - oito para derrubá-lo e ainda uma abstenção. O PTB foi outro partido da base a dar mais apoios para conceder o reajuste para a categoria: 10 votos contra sete pela manutenção.

Na base, o PT foi o partido que deu mais apoio. Dos 53 votantes, 41 manifestaram-se favoráveis à manutenção do veto, nove contrários e e três abstenções. No PR, partido que tem o Ministério dos Transportes, entre os 25 votantes, 17 se posicionaram a favor de manter o veto, sete contra e só uma abstenção. Dos 12 votos, o PCdoB anotou oito deles a favor da manutenção do veto, dois contra, sendo um deles o do vice-líder do governo, Orlando Silva (SP), e ainda duas abstenções.

Os dois principais partidos de oposição, PSDB e DEM, votaram em peso pela derrubada do veto. Dos 57 votantes, os tucanos só um deles foi contra - o deputado Samuel Moreira (SP), que em setembro também foi o único a se posicionar a favor na bancada contra o fim do fator previdenciário. Todos os 19 deputados que votaram no DEM foram a favor da derrubada do veto.

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