quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Dívida será controlada em 2 anos, diz Temer

• Em visita ao Japão, presidente afirma que tarefa é difícil, mas não impossível

- O Globo

-BRASÍLIA- Em visita ao Japão, o presidente Michel Temer disse que o controle da dívida pública brasileira só será alcançado dentro de dois a três anos. Segundo dados divulgados na última segunda-feira pelo Tesouro Nacional, o estoque da dívida pública federal em agosto chegou a R$ 2,9 trilhões.

— Ela (a dívida) é de difícil controle, não é? Mas talvez não impossível — afirmou.
Perguntado sobre a trajetória da dívida pública, respondeu:

— Não há dúvida que nesses dois, três próximos anos, não é fácil controlá-la, mas que nós estamos trabalhando para o absoluto controle lá para frente, não tem a menor dúvida disso. Medidas estão sendo tomadas, não é?

Temer disse que, por outro lado, a proposta de emenda constitucional (PEC) que limita os gastos públicos está sendo bem vista por outros países. Segundo ele, durante a cúpula do Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), realizada em Goa, na Índia, houve grande interesse, principalmente, de russos e indianos pelo tema.

— O que eu pude perceber foi o seguinte: não só o primeiro ministro indiano (Narendra Modi) se interessou, como o presidente Putin (Vladimir Putin, da Rússia) se interessou vivamente. Tanto que eu dei explicações mais variadas sobre o nosso projeto. Até porque é interessante, há identidade muito grande de questões econômicas entre a Rússia e o Brasil — afirmou.

‘RECOMEÇO’ DO PAÍS
Ele disse que foi ao Japão para reforçar as relações com o país asiático em conversas com autoridades, investidores e empresários japoneses. Um dos pontos fortes que Temer destacará em relação ao seu governo é que este está promovendo o “recomeço” do Brasil.
— O que pretendo trazer é exatamente este, digamos, vou chamar de recomeço do nosso país, que se baseia fundamentalmente na ideia do diálogo — disse, acrescentando que o diálogo com o Congresso Nacional se mostrou “frutífero” com a aprovação do teto de gastos públicos.

Temer citou, ainda, o Programa de Parcerias de Investimentos. Disse que o programa será apresentando ao primeiro-ministro Shinzo Abe e aos empresários daquele país:

— Vamos trazer também a notícia de que nós teremos absoluta segurança jurídica em todos os contratos que se estabelecerem no nosso país, que temos, portanto, ao levar investimento estrangeiro para lá, juntamente com investimento do capital nacional, nós queremos preservar os contratos.

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