terça-feira, 27 de setembro de 2016

Opinião do dia – Rubens Bueno

Cai um dos principais pilares da sofisticada organização criminosa que tomou conta do país nestes últimos treze anos.


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Rubens Bueno (PR), líder do PPS na Câmara ao comentar a prisão do petista Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda do governo Lula e da Casa Civil da gestão de Dilma Rousseff.

PF acusa Palocci de gerir propina da Odebrecht para PT

• Suspeito de antecipar prisão, ministro de Temer terá de se explicar

Para os investigadores, ex-ministro de Lula e Dilma intermediou o pagamento de R$ 128 milhões da empreiteira em troca de contratos com o governo federal entre os anos de 2008 e 2013

Ministro dos governos Lula e Dilma, Antonio Palocci foi preso sob a acusação de intermediar o repasse de propina da Odebrecht para o PT. Com base em planilhas apreendidas e em e-mails de Marcelo Odebrecht, a Lava-Jato suspeita que a empreiteira pagou R$ 128 milhões em troca de contratos com o governo. Irritado com a suspeita de vazamento da operação, o presidente Michel Temer convocou o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para explicar as declarações de que haveria operação da LavaJato esta semana.

Lava-Jato prende Paloci

  • Ex-ministro de Lula e Dilma é acusado de intermediar repasse de propina da Odebrecht ao PT

Cleide Carvalho, Dimitrius Dantas, Katna Baran* - O Globo

-CURITIBA E SÃO PAULO- Um dos mais influentes ministros do governo Lula, Antonio Palocci Filho foi preso ontem na 35ª Fase da Operação Lava-Jato, chamada de Operação Omertà, sob acusação de gerenciar a propina paga ao PT pelo Grupo Odebrecht. Segundo a Polícia Federal, Palocci foi identificado como o “italiano” nas planilhas de propina da Odebrecht, codinome que antes tinha sido associado por eles ao ex-ministro Guido Mantega. Entre 2008 e 2013, R$ 128 milhões passaram pela “conta corrente” do PT com a empreiteira. A movimentação desse dinheiro foi intermediada por Palocci, segundo a PF. Em 2011, Palocci foi ministro da Casa Civil do governo Dilma.

MPF exigirá ressarcimento de Gleisi, Collor e outros

• Políticos serão cobrados na Justiça por verbas desviadas da Petrobras

Carolina Brígido - O Globo

-BRASÍLIA- O Ministério Público Federal deve entrar com ações civis na Justiça para pedir o ressarcimento ao Erário de recursos públicos desviados da Petrobras e de outras empresas no esquema revelado pela Operação Lava-Jato. Entre os políticos que poderão ser cobrados estão os senadores Fernando Collor (PTC-AL) e Benedito Lira (PP-AL), além da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e do marido dela, o exministro Paulo Bernardo.

Também estão no grupo os deputados Nelson Meurer (PP-PR), Aníbal Gomes (PMDB-CE), Vander Loubet (PT-MS) e Arthur Lira (PPAL), além do ex-deputado João Pizzolatti (PP-SC).

Palocci é preso acusado de ser elo de empreiteira e PT

Lava Jato apura contatos de Odebrecht com Palocci, o ‘Italiano’, desde 2004

• Preso nesta segunda alvo da 35ª fase batizada de Operação Omertà, e-mails indicam relação suspeita de ex-ministro da Fazenda no governo Lula com empreiteiro Marcelo Odebrecht

Julia Affonso, Ricardo Brandt, Fausto Macedo e Mateus Coutinho – O Estado de S. Paulo

Um conjunto de mensagens de e-mail reunidas pela Polícia Federal no pedido de prisão do ex-ministro Antonio Palocci, alvo central da 35ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta segunda-feira, 26, indicam o “relacionamento” de Marcelo Bahia Odebrecht com “Italiano” – codinome usado para identificar o petista na empreiteira – desde 2004, quando ele era titular do Ministério da Fazenda, no governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Italiano possui relacionamento com Marcelo Bahia Odebrecht pelo menos desde 2004″, informa Relatório da Polícia Fedearl 124/2016, anexado aos ao pedido de prisão de Palocci. Batizada de Operação Omertà, a 35ª fase aponta o ex-ministro como responsável pelo recebimento de pelo menos R$ 128 milhões em propinas para o esquema do PT na Petrobrás e em outras áreas.

Palocci tinha conta corrente de propinas com a Odebrecht, diz Omertà

• Investigação da força-tarefa da Lava Jato aponta que, entre 2008 e o final de 2013, foram pagos mais de R$ 128 milhões ao PT e seus agentes, incluindo o ex-ministro

Julia Affonso, Ricardo Brandt, Mateus Coutinho e Fausto Macedo – O Estado de S. Paulo

O delegado da Polícia Federal Filipe Hille Pace afirmou nesta segunda-feira, 26, que o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil/Governos Lula e Dilma) e o PT tinham uma conta corrente de propinas com a Odebrecht. Palocci foi preso temporariamente por 5 dias na Operação Omertà, 35ª fase da Lava Jato.

A força-tarefa investiga as relações do ex-ministro com a maior empreiteira do País.

A Polícia Federal liga Palocci à planilha ‘italiano’, do Setor de Operações Estruturadas, a área secreta de propinas da empreiteira. Segundo a Omertà, ‘italiano’ é Palocci.

Por causa da eleição, ninguém mais pode ser preso a partir desta terça

• A restrição das prisões dura até 48 horas depois do pleito. Não à toa, a Polícia Federal deflagrou a 35ª fase da Operação Lava Jato nesta segunda-feira, 26, na qual foi preso o ex-ministro Antonio Palocci

Isadora Péron - O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA - A partir desta terça-feira, 27, nenhum eleitor poderá ser preso, exceto se for pego em flagrante ou alvo de uma sentença condenatória por crime inafiançável. A medida, prevista no Código Eleitoral, tem como objetivo evitar prisões por motivos políticos e começa a vigorar a cinco dias das eleições, marcada para 2 de outubro.

A restrição das prisões dura até 48 horas depois do pleito. Não à toa, a Polícia Federal deflagrou a 35ª fase da Operação Lava Jato nesta segunda-feira, 26, na qual foi preso o ex-ministro Antonio Palocci. Novos desdobramentos das investigações sobre o esquema de corrupção na Petrobrás só poderão acontecer a partir do dia 4 de outubro.

Palocci é preso e acusado de receber R$ 128 milhões

Por André Guilherme Vieira – Valor Econômico

CURITIBA - Alvo da 35ª fase da Operação Lava-Jato, a Omertà, o ex-ministro da Casa Civil e da Fazenda nos governos do PT Antonio Palocci foi preso temporariamente ontem, na casa dele, em São Paulo, por decisão do juiz federal Sergio Moro, sob suspeita de facilitar fechamentos de contratos e de negócios do Grupo Odebrecht em troca de propinas que somaram R$ 128 milhões entre 2008 e 2013, segundo a Polícia Federal (PF) - nesse período, Palocci foi um dos coordenadores da campanha eleitoral de Dilma Rousseff, em 2010, e foi o homem forte do governo da petista, chefiando a Casa Civil entre 1º de janeiro e 7 de junho de 2011.

Palocci é descrito pelos investigadores como uma espécie de gestor de um caixa geral da propina do PT. Desse caixa, segundo a PF, houve um saldo remanescente de R$ 70 milhões, em outubro de 2013, que também foi destinado ao ex-ministro para que ele os gerisse de acordo com o interesse do partido, segundo a força-tarefa da Lava-Jato.

Centrais ameaçam reforma da Previdência se não forem ouvidos

Por Edna Simão e Andrea Jubé – Valor Econômico

BRASÍLIA - O presidente Michel Temer quer enviar o texto da proposta de emenda constitucional (PEC) da reforma da Previdência até sexta-feira ao Congresso Nacional. A equipe técnica corre contra o tempo para realizar o desejo do presidente, mas prefere não se comprometer com este calendário. Hoje Temer quer adiantar pontos da reforma aos ministros e líderes, em jantar no Palácio da Alvorada. Representantes das centrais sindicais advertem, contudo, que se a proposta for enviada antes de apresentada aos trabalhadores, o governo terá problemas no Legislativo.

"O prazo ainda não tem definição. Teremos um novo encontro", disse uma fonte palaciana envolvida nas discussões sobre as mudanças das regras de concessão de aposentadorias e pensões.

Pelo segundo dia consecutivo, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Dyogo Oliveira (interino do Planejamento) reúnem-se hoje no Palácio do Planalto, com técnicos, para tentar finalizar um texto. Existe a possibilidade de o texto ser apresentado ao presidente ainda hoje.

Dívida pública federal recua 0,07% em julho e soma R$ 2,95 trilhões

• Governo prevê que débito encerre o ano entre R$ 3,1 tri e R$ 3,3 tri

Bárbara Nascimento - O Globo

-BRASÍLIA- A dívida pública federal encerrou o mês de julho em R$ 2,956 trilhões. O número equivale a uma redução de 0,07% em relação ao apresentado em junho, quando o estoque foi de R$ 2,958 trilhões, e se aproxima do intervalo esperado pelo Tesouro Nacional para este ano. A expectativa é que, em 2016, o estoque fique entre R$ 3,1 trilhões e R$ 3,3 trilhões.

A queda do estoque de julho foi puxada por um recuo de 0,20% da dívida interna, resultado de um resgate líquido no valor de R$ 33,5 bilhões, compensado parcialmente por uma apropriação positiva de juros no valor de R$ 27,7 bilhões. Já a dívida externa teve um aumento de 2,97%. A alta ocorreu em razão de uma emissão líquida ocorrida no período, de R$ 1,9 bilhão, e de uma apropriação positiva de juros de R$ 1,69 bilhão.

Lava Jato prende Palocci, ex-ministro de Lula e Dilma

Ex-ministro Palocci é preso na 35ª da fase da Operação Lava Jato

Mônica Bergamo, Bela Megale – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA - O ex-ministro da Casa Civil e da Fazenda Antonio Palocci (PT) foi preso temporariamente na manhã desta segunda-feira (26) na 35ª fase da Operação Lava Jato, em São Paulo.

Ele decolou com policiais federais no começo desta tarde, no aeroporto de Congonhas, rumo a Curitiba.

A nova fase da operação, intitulada Omertà, investiga indícios de uma relação criminosa entre o ex-ministro e a empreiteira Odebrecht.

O juiz federal Sergio Moro decretou o bloqueio de bens de Palocci e de outros acusados até o valor de R$ 128 milhões. Segundo o magistrado, esse é o montante indicado em planilha da Odebrecht que supostamente registra os valores de propina que estavam sob a gestão do ex-ministro –desse total, Palocci teria recebido R$ 6 milhões.

A medida atinge contas e investimentos bancários dos investigados.

No despacho de prisão de Palocci, assinado no último dia 12, o juiz federal Sergio Moro afirma que há provas de que Palocci coordenou o repasse de propinas da Odebrecht para o PT.

Crivella chega a 35%, e Pedro Paulo vai a 11%

Pesquisa Ibope divulgada ontem pela Rede Globo mostra que o candidato do PRB a prefeito do Rio, Marcelo Crivella, subiu quatro pontos e chegou a 35% das intenções de voto. Pedro Paulo (PMDB), que passou a ter o apoio mais explícito do prefeito Eduardo Paes nas ruas e na TV, foi de 9% para 11% e agora está numericamente em segundo lugar, embora empatado na margem de erro com dois adversários. A pesquisa foi realizada de sexta a domingo passados. Freixo (PSOL) se manteve com 9%, e Indio (PSD) foi de 7% para 8%. Já Jandira (PCdoB), que fez caminhada e comício com a ex-presidente Dilma, perdeu dois pontos e está agora em quinto, com 6%, num empate com Bolsonaro (PSC). Jandira é a mais rejeitada: 37% afirmam que não votarão nela.

Ibope: Crivella amplia vantagem e chega a 35%

• Segundo instituto, Pedro Paulo (PMDB), Freixo (PSOL) e Indio (PSD) estão em segundo lugar, empatados tecnicamente

Bruno Góes, Gustavo Schmitt - O Globo

Pesquisa Ibope divulgada ontem mostra o candidato do PRB, Marcelo Crivella, isolado à frente dos demais adversários na disputa à prefeitura do Rio, com 35% da preferência dos entrevistados. De acordo com o instituto, em segundo lugar, empatados tecnicamente, aparecem três candidatos: Pedro Paulo (PMDB), com 11%; Marcelo Freixo (PSOL), com 9%; e Indio da Costa (PSD), com 8%.

Em São Paulo, Doria cresce e atinge 28%; Marta cai e está em terceiro, com 15%

Segundo o Ibope, João Doria (PSDB) lidera em SP, com 28%, quatro pontos à frente de Russomanno (PRB). Marta Suplicy (PMDB) caiu 5 e tem 15%. Haddad (PT) está com 12%.

Doria vai a 28%, quatro à frente de Russomanno

• Ibope aponta queda de 5 pontos de Marta, que passa a dividir 3º lugar com Haddad, em empate técnico

Silvia Amorim - O Globo

-SÃO PAULO- A uma semana da votação do primeiro turno, nova pesquisa Ibope para a corrida eleitoral em São Paulo mostrou o crescimento de João Doria (PSDB), que empatou tecnicamente com Celso Russomanno (PRB) na liderança da disputa, e uma queda da senadora Marta Suplicy (PMDB), agora em terceiro. O prefeito Fernando Haddad (PT), que estava estagnado nas sondagens do instituto desde o início da campanha, cresceu e aparece embolado com Marta.

Segundo o levantamento divulgado ontem à noite pela TV Globo, Doria tem 28% das intenções de voto, Russomanno, 24%, Marta, 15%, Haddad 12%, Erundina 4% e Major Olímpio, 1%. Brancos e nulos somaram 10% e não responderam 4%.

Na pesquisa anterior, de 14 de setembro, Russomanno liderava isolado com 30%. Marta tinha 20%, Doria, 17%, Haddad, 9%, Erundina, 5% e Major Olímpio 1%. Nos dois levantamentos, a margem de erro é de 3 pontos porcentuais e o índice de confiança é de 95%.

A nova rodada de números do Ibope foi divulgada três dias depois de uma sondagem do Datafolha ter mostrado Doria, Marta e Russomanno embolados na liderança. Hoje o instituto apresentará mais uma pesquisa sobre o cenário na capital paulista.

Em Belo Horizonte, João Leite (PSDB) lidera com 33%; Alexandre Kalil (PHS) tem 25%

• Na capital mineira, disputa está entre tucano e ex-presidente do Atlético Mineiro

Pesquisa Ibope divulgada ontem mostrou que o tucano João Leite continua na liderança na intenção de votos para a prefeitura de Belo Horizonte, com 33%, seguido por Alexandre Kalil, do PHS, com 25%. A diferença em relação à pesquisa anterior, de 14 de setembro, é que o tucano permaneceu estacionado no mesmo percentual, enquanto Kali, ex-presidente do Atlético Mineiro, variou de 22% para 25%, no limite da margem de erro de três pontos percentuais.

A disputa na capital mineira está restrita aos dois candidatos, já que entre os outros nove, o maior percentual de intenção de votos é de 4%, de Eros Biondini, do PROS, e Reginaldo Lopes, do PT. Biondini já tinha 4% na pesquisa anterior, e o candidato petista oscilou um ponto para cima, de 3% para 4%.

Délio Malheiros (PSD), Luis Tibé (PTdoB) e Rodrigo Pacheco (PMDB) aparecem empatados com 3%, seguidos por Maria da Consolação (PSOL) e Sargento Rodrigues (PDT) empatados com 2%. Marcelo Álvaro Antônio (PR) e Vanessa Portugal (PSTU) têm 1% cada. Brancos e nulos são 13% a não sabem ou não responderam, 6%.

No Recife, prefeito Geraldo Julio mantém preferência do eleitorado

• Socialista também vence as duas simulações de segundo turno, contra petista e tucano

- O Globo

-RECIFE- Todos os candidatos que disputam a prefeitura do Recife permanecem praticamente estáveis na intenção de votos do eleitorado da capital pernambucana. É o que indica a última pesquisa Ibope, divulgada ontem: todos os aspirantes ao comando do município tiveram pequenas variações em relação à última sondagem, sempre dentro da margem de erro de três pontos percentuais. Geraldo Julio (PSB), que busca se reeleger, permanece na liderança, com 39% da preferência entre os 1.001 eleitores escutados entre os dias 22 e 25 de setembro — no levantamento anterior, realizado entre 9 e 13 de setembro, o socialista tinha 38%.

Em segundo lugar, com 29%, aparece João Paulo (PT), prefeito do Recife de 2001 a 2008. Na última pesquisa, o petista contava com 27% das intenções de voto. E, em terceiro lugar, vem Daniel Coelho (PSDB), com 15% — o tucano tinha 13% da preferência na sondagem passada. Na sequência, tecnicamente empatados, estão Priscila Krause (DEM), com 3%; Edilson Silva (PSOL), 2%; e Carlos Augusto (PV), com 1%. No levantamento anterior, Priscila tinha 4%; Edilson, 3%; e Augusto, com 1%. Nas duas pesquisas, Pantaleão (PCO) e Simone Fontana (PSTU) não atingiram 1% das intenções de voto. Os votos brancos e nulos somaram 8%, contra 10% da sondagem passada, enquanto os indecisos ficaram em 3% — antes eram 4%.

Pesquisa Datafolha: SP, Rio, BH e Recife

Doria cresce e se isola na ponta, diz Datafolha; Marta perde 5 pontos

Thais Bilenky – Folha de S. Paulo

SÃO PAULO - A seis dias do primeiro turno, o candidato João Doria, do PSDB, ampliou a vantagem e lidera isolado a disputa pela Prefeitura de São Paulo, com 30% das intenções de voto, segundo pesquisa Datafolha realizada nesta segunda-feira (26).

Em projeções de segundo turno, o tucano está numericamente à frente, mas em empate técnico com adversários.

Em segundo lugar nas simulações de primeiro turno, o deputado federal Celso Russomanno (PRB) se manteve com 22% das intenções de voto, desde o último levantamento, de quarta-feira (21).

Marta Suplicy (PMDB) caiu cinco pontos percentuais e registra agora 15%. Ela perdeu apoio sobretudo na faixa de renda de dois a cinco salários mínimos, em que despencou de 22% para 12%.

Ao longo da última semana, os adversários intensificaram os ataques contra a peemedebista, inclusive no último debate, realizado pela Record, no domingo (25).

BC prevê inflação de 7,3% em 2016 e de 4,4% em 2017

Eduardo Campos e Edna Simão – Valor Econômico

BRASÍLIA - (Atualizada às 10h19) A inflação anual medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar 2016 em 7,3%, recuar para 4,4% em 2017 e chegar a 3,8% no fim de 2018. Essa é a trajetória da inflação no cenário de referência do Banco Central (BC), que considera a taxa básica de juros em 14,25% ao ano e câmbio de R$ 3,30 ao longo do período analisado. Os dados estão contemplados no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro.

Para 2017, a projeção de inflação de 4,4% está abaixo dos 4,7% apontados no relatório de junho. A queda é gradual, com inflação marcando 6,2% no primeiro trimestre do ano que vem, 5,2% no segundo e 4,5% no terceiro. Em junho, as projeções eram de 5,9%, 5,2% e 5%, respectivamente.

O BC apresentou pela primeira vez projeção para o quarto trimestre de 2018, com inflação em 3,8%. Para o primeiro trimestre de 2018, a previsão saiu de 4,4% para 4,2%. Para o segundo trimestre, o prognóstico mudou de 4,2% para 4% e, para o terceiro trimestre, a estimativa é de 4%.

A probabilidade de o IPCA estourar o teto da meta de 6,5% em 2016 é de 91% e essa chance em 2017 está em 12%. Para 2018, a probabilidade de a inflação ultrapassar a meta está “em torno” de 6%.

Vendas no varejo registram em agosto primeira alta desde abril de 2015

• Segundo dados da Boa Vista SCPC, crescimento em agosto foi de 1,1% em relação ao mesmo mês do ano passado, puxado pelo segmento de móveis e eletrodomésticos

Márcia De Chiara - O Estado de S. Paulo

O comércio começa a dar sinais de reação. Em agosto, o movimento de vendas das lojas foi 1,1% maior em relação ao mesmo mês do ano passado. Uma variação positiva anual não acontecia desde abril de 2015. Também na comparação com julho houve crescimento no volume de negócios, de 1,5%, apontam os dados da Boa Vista SCPC, que acompanha o desempenho do varejo com base nas consultas feitas pelas empresas varejistas para dar sinal verde ao fechamento dos negócios.

“Ainda é cedo para saber se é uma tendência”, diz o economista da Boa Vista SCPC, Flávio Calife. Diante dos resultados, ele prefere tratar essa melhora como um “suspiro”, já que no acumulado de 12 meses até agosto, a variação não é tão animadora: queda de 4,7%.

Um método revelado - Merval Pereira

- O Globo

PT perde fôlego eleitoral enquanto cresce envolvimento do partido na Lava-Jato. À medida em que vai sendo revelado pela Operação Lava-Jato o esquema de financiamento do projeto de poder do Partido dos Trabalhadores, com a prisão de dois dos ministros da Fazenda de raiz do petismo, Guido Mantega e Antonio Palocci — Joaquim Levy foi um equivocado estranho no ninho que, para sua própria felicidade, não passará de um pé de página na História desse período —, vai chegando também ao limite mais baixo a sua capacidade de atuação eleitoral, o que vem sendo explicitado pelas pesquisas de opinião para as eleições municipais, cujo primeiro turno se realiza no próximo domingo.

No Rio, a candidata do PCdoB, Jandira Feghali, que tinha a aspiração de ser o voto útil da esquerda, parece ter tomado uma decisão equivocada ao chamar para seu palanque a ex-presidente Dilma e, subsidiariamente, o ex-presidente Lula. Sua ascensão foi subitamente estancada com esse movimento, dando passagem a uma possível união de centro-direita em torno do candidato oficial, Pedro Paulo.

‘Mundo de sombras’ - Eliane Cantanhêde

- O Estado de S. Paulo

O céu era o limite para Antonio Palocci Filho, mas, na versão do juiz Sérgio Moro, ele preferiu esgueirar-se por um “mundo de sombras que encobre sua atividade”, atirar-se no colo da empreiteira Odebrecht, fazer as maiores tramoias e reunir somas inimagináveis sob o pretexto da eternização do PT no poder. Palocci poderia ser tudo, mas acaba como um triste troféu de luxo entre os presos da Lava Jato.

Tivesse mantido a aura de médico sanitarista, prefeito bem-sucedido de Ribeirão Preto (SP) e ás do diálogo e da composição, Palocci teria todas as condições para disputar a sucessão de Lula em 2010. Tinha um patrimônio pessoal: sólidas relações em três mundos cada vez mais embolados, o político, o empresarial e o financeiro. E tinha um patrimônio herdado de Lula: o crescimento econômico de 7,5% naquele ano.

Prisões metafísicas - Hélio Schwartsman

- Folha de S. Paulo

As prisões cautelares determinadas por Sergio Moro são ilegais e injustas, como alegam os defensores dos encarcerados? Aristóteles abre o livro Z da "Metafísica" escrevendo: "Tò òn légetai pollachôs", que pode ser traduzido como "aquilo que é se diz de várias maneiras". A multiplicidade de significados também se aplica às prisões.

Num primeiro sentido, bem ao rés do chão, as ordens são legais, já que foram assinadas por um magistrado que as fundamentou juridicamente, como exige a lei. Quando os defensores afirmam que elas são ilegais, não contestam esse aspecto formal, já que nunca aconselham seus clientes a evadir-se ou resistir à injusta agressão dos policiais, o que estaria em seu direito se as prisões fossem ilegais nesse sentido mais estrito.

Galinha à napolitana - Luiz Carlos Azedo

- Correio Braziliense

• Palocci sempre teve trânsito fácil junto aos grandes empresários do país, principalmente os que faziam negócios com o Estado

A prisão do ex-ministro da Fazenda (Governo Lula) e ex-ministro da Casa Civil (Governo Dilma) Antonio Palocci, ocorrida ontem, era pedra cantada nos meios políticos e jurídicos. Desde o começo da Operação Lava-Jato, havia expectativa de que ocorreria, mas demorou, porque o esquema que ele operava era o mais seguro e sofisticado do chamado petrolão. Sabe-se, agora, segundo a Polícia Federal e o Ministério Público, que Palocci era uma espécie de intermediário da relação entre a Odebrecht, o PT e a Presidência da República. Suas consultorias, segundo os investigadores da Lava-Jato, eram apenas uma grande cortina de fumaça.

Eleição deve marcar guinada à direita - Raymundo Costa

- Valor Econômico

• Partidos do impeachment são favoritos domingo

A cinco dias da eleição, PSDB e PMDB, partidos-chave do impeachment que levou Michel Temer para o Palácio do Planalto, são as siglas com mais chances de vencer na maior parte das capitais brasileiras. Mas nas duas principais cidades brasileiras, Rio de Janeiro e São Paulo, é o PRB, um partido de forte viés conservador criado em 2005, que desponta como favorito - já foi assim há quatro anos, na última eleição, mas desta vez as pesquisas indicam que o partido ligado aos evangélicos tem os pés bem firmes em pelo menos uma das duas cidades.

É certo que muita coisa pode e deve mudar até domingo. A campanha municipal de 2016 é atípica por vários motivos. Ela começou, por exemplo, quando terminava o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, um processo que traumatizou o país e deixou sequelas. O tempo destinado à propaganda também foi reduzido, assim como o financiamento aos candidatos limitado às doações das pessoas físicas. Mesmo com a indefinição ainda existente, o primeiro turno já deve servir de parâmetro para aferir se a política nacional teve algum reflexo sobre a disputa municipal ou qual foi o impacto do fim do financiamento privado.

Nomes e notas - José Casado

- O Globo

• Ele nada disse à polícia. Nem precisava, porque deixara o roteiro escrito. As investigações agora avançam na Camex e na Secretaria de Assuntos Internacionais da Fazenda

Lava-Jato avança rumo a Camex e Secretaria de Assuntos Internacionais da Fazenda. Desta vez, a iniciativa não foi do Ministério Público, criticado nas últimas semanas pelo formato da denúncia contra o ex-presidente Lula e da prisão do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega. Foi a Polícia Federal que apresentou ao juiz Sérgio Moro o pedido de prisão de Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda de Lula e chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff. O detalhe é relevante porque sinaliza um nível inédito de cooperação entre instituições encarregadas das investigações sobre corrupção.

Hora de cortar juros - José Paulo Kupfer

- O Estado de S. Paulo

• Forças deflacionárias formam agora o principal vetor da marcha dos preços

Está prevista para hoje a divulgação pelo Banco Central do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) do terceiro trimestre do ano. Há grande expectativa em relação às suas projeções e conteúdo porque ali estarão contidas as mais atualizadas, transparentes e detalhadas indicações de quando terá início o esperado ciclo de cortes nas taxas básicas de juros e, talvez, da intensidade em que esse processo se daria.

Simulações com base em modelo de previsão similar ao usado pelo BC apontam para comunicação no RTI compatível com o início da redução da Selic em outubro. Um corte de 0,25 ponto porcentual, seguido de outro, de 0,5 ponto, em novembro, traria os juros básicos para 13,5% ao ano, no fim de 2016 – 0,25 ponto abaixo da atual projeção de mercado, conforme oBoletim Focus desta segunda-feira, 26.

Dados cruzados - Míriam Leitão

- O Globo

Prisões mostram que o PT usou a Fazenda para arrecadar bem mais do que impostos. Foi um paciente quebra-cabeças o que levou à prisão de Antonio Palocci. A 35ª fase da Operação Lava-Jato pegou dados da 23ª, que prendeu João Santana e Mônica Moura, e que, por sua vez, ajudou a esclarecer pistas da 14ª, a que prendeu Marcelo Odebrecht. Foi com o cruzamento de dados que se chegou à planilha de propinas da construtura e à elucidação de quem é o “italiano".

O delegado Filipe Hille Pace e a procuradora Laura Tessler mostraram que a fase saiu desse quebra-cabeças, juntando um fio solto capturado numa fase com um e-mail encontrado em outra fase, e assim por diante. A Odebrecht está preparando a delação premiada da empresa e dos executivos, mas o que ficou claro na entrevista dos investigadores é que, ainda que eles não falassem, as provas já elucidam muitos fatos.

Mercado de trabalho ainda vai levar tempo para reagir – Editorial / Valor Econômico

A queda do número de vagas de emprego formal fechadas em agosto alimentou a expectativa de recuperação do mercado de trabalho. O saldo líquido entre admissões e desligamentos foi de 33,9 mil vagas perdidas em agosto, cerca de um terço das 94,7 mil vagas extintas em julho. Foi o resultado menos ruim contabilizado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em um ano e meio.

A melhoria foi patrocinada pela indústria de transformação que vem mostrando reação e, pela primeira vez desde fevereiro de 2015, abriu mais postos do que fechou - 6,3 mil vagas -, com destaque para a expansão na produção de alimentos, calçados, têxteis e produtos químicos. No comércio houve módica geração de empregos, que não chegou a 1 mil postos. Mas continuaram as perdas de vagas principalmente na construção civil, agricultura e serviços.

Com o resultado de agosto, o Caged acumula o corte de 651,3 mil vagas no ano e de 1,656 milhão em 12 meses. Os setores mais afetados são os do comércio, com 41% dos postos fechados, ou 267,3 mil, da construção, com 25%; e serviços, com mais 25%. Em quarto lugar vem a indústria, com 22,4%. Houve geração de emprego na agricultura (82,1 mil) e administração pública (18,6 mil).

Momento difícil na luta contra a impunidade – Editorial / O Globo

• Continua a conspiração contra a Lava-Jato e aproxima-se no Supremo o julgamento sobre se penas devem ser cumpridas a partir da segunda instância

Enquanto a Lava-Jato avança — depois de indiciar Lula no caso do tríplex de Guarujá, prende outra estrela petista, o ex-ministro Antonio Palocci —, crescem de forma visível articulações para desidratar a operação no Congresso, por meio da aprovação de projetos que, na prática, a tornem inócua ou quase isso. Sem prejuízo de outras manobras. Tudo segue o plano esboçado nas conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, com o alto-comando peemedebista — Renan Calheiros, que o indicou para a subsidiária da Petrobras, Romero Jucá, José Sarney.

A esperta criminalização do caixa dois, item da lista de dez propostas do Ministério Público para tornar mais eficiente o combate à corrupção, era parte desse plano. Criminalizada a doação por baixo dos panos, os beneficiários de dinheiro por fora de empreiteiras, na Lava-Jato, poderiam ser anistiados, com o argumento de que lei não retroage. Esquecem-se, porém, que a legislação eleitoral já qualifica essas operações como delitos. O GLOBO denunciou o truque, e a banda saudável da Câmara abortou a esperteza, de origem pluripartidária: PT, PMDB, DEM, PSDB.

Exibição infeliz – Editorial / Folha de S. Paulo

No domingo (25), sem que houvessem lhe perguntado a respeito, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, resolveu desfilar seus conhecimentos sobre os próximos passos da Operação Lava Jato.

"Quinta teve uma [etapa], sexta teve outra, nesta semana vai ter mais. Podem ficar tranquilos",afirmou o ministro em conversa com integrantes do Movimento Brasil Limpo, que organizou atos pelo impeachment da petista Dilma Rousseff. Em seguida, arrematou, sorridente: "Quando vocês virem esta semana vão se lembrar de mim".

Chefe da Polícia Federal e ex-secretário da Segurança Pública no governo Geraldo Alckmin (PSDB), Moraes, como noticiou o jornal "O Estado de S. Paulo", participava da campanha do deputado federal Duarte Nogueira (PSDB), candidato a prefeito de Ribeirão Preto (SP).

Uma medida indispensável – Editorial / O Estado de S. Paulo

Em outubro, após as eleições municipais, o Senado Federal deverá votar as reformas políticas previstas em Proposta de Emenda Constitucional (PEC) já aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), que prevê a adoção de quatro medidas, entre as quais se destaca uma que é essencial para acabar com a disfuncional fragmentação partidária que tem sido um entrave à governabilidade, especialmente num momento de crise econômica aguda que exige a adoção de medidas duras nem sempre populares. Trata-se da cláusula de desempenho, que estabelece metas eleitorais a serem atingidas pelas legendas partidárias para que tenham acesso aos recursos do Fundo Partidário, ao chamado horário gratuito para propaganda partidária e eleitoral na mídia eletrônica e à estrutura oferecida aos partidos no Congresso Nacional.

De autoria dos senadores tucanos Aécio Neves (MG) e Ricardo Ferraço (ES), a cláusula de desempenho de que trata a PEC não impõe restrições à existência ou à criação de legendas partidárias, mas estabelece que terão acesso aos recursos públicos disponíveis apenas aquelas que conquistarem pelo menos 2% dos votos em 14 unidades da Federação a partir de 2018 e 3% a partir de 2022. Hoje, há nada menos do que 35 partidos políticos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 28 dos quais representados no Congresso Nacional. Todos eles, inclusive os que não têm nenhum senador ou deputado federal, têm acesso aos recursos públicos.

O exército do ‘Fora Temer’ - Arnaldo Jabor

- O Globo

Eu também quero ser feliz. Fico com inveja dos manifestantes que berram ‘Fora Temer’, orgulhosos, iluminados pela certeza de que lutam pelo bem do Brasil. Tenho inveja deles. Nada é mais cobiçado do que a chamada ‘boa consciência,’ a sensação de estar do lado certo da história ou da justiça. Tenho inveja de famosos artistas e intelectuais que aderiram à causa do ‘Fora Temer,’ se bem que ainda não consegui entender o labirinto ideológico dentro de suas cabeças que desemboca nesses protestos. Fico inquieto, mas logo me tranquilizo, porque eles, pessoas especiais, têm um fino saber e se tivessem tempo (ou saco) me elucidariam sobre suas profundas razões. Esforço-me, mas ainda não alcanço essa profundidade. Acho que tenho de me rever, fazer uma autocrítica.

Consideração do Poema – Carlos Drummond de Andrade

Não rimarei a palavra sono
com a incorrespondente palavra outono.
Rimarei com a palavra carne
ou qualquer outra, que todas me convêm.
As palavras não nascem amarradas,
elas saltam, se beijam, se dissolvem,
no céu livre por vezes um desenho,
são puras, largas, autênticas, indevassáveis.

Uma pedra no meio do caminho
ou apenas um rastro, não importa.
Estes poetas são meus. De todo o orgulho,
de toda a precisão se incorporam
ao fatal meu lado esquerdo. Furto a Vinicius
sua mais límpida elegia. Bebo em Murilo.
Que Neruda me dê sua gravata
chamejante. Me perco em Apollinaire. Adeus, Maiakovski.
São todos meus irmãos, não são jornais
nem deslizar de lancha entre camélias:
é toda a minha vida que joguei.

Estes poemas são meus. É minha terra
e é ainda mais do que ela. É qualquer homem
ao meio-dia em qualquer praça. É a lanterna
em qualquer estalagem, se ainda as há.
– Há mortos? há mercados? há doenças?
É tudo meu. Ser explosivo, sem fronteiras,
por que falsa mesquinhez me rasgaria?
Que se depositem os beijos na face branca, nas principiantes rugas.
O beijo ainda é um sinal, perdido embora,
da ausência de comércio,
boiando em tempos sujos.

Poeta do finito e da matéria,
cantor sem piedade, sim, sem frágeis lágrimas,
boca tão seca, mas ardor tão casto.
Dar tudo pela presença dos longínquos,
sentir que há ecos, poucos, mas cristal,
não rocha apenas, peixes circulando
sob o navio que leva esta mensagem,
e aves de bico longo conferindo
sua derrota, e dois ou três faróis,
últimos! esperança do mar negro.
Essa viagem é mortal, e começa-la.
Saber que há tudo. E mover-se em meio
a milhões e milhões de formas raras,
secretas, duras. Eis aí meu canto.

Ele é tão baixo que sequer o escuta
ouvido rente ao chão. Mas é tão alto
que as pedras o absorvem. Está na mesa
aberta em livros, cartas e remédios.
Na parede infiltrou-se. O bonde, a rua,
o uniforme de colégio se transformam,
são ondas de carinho te envolvendo.

Como fugir ao mínimo objeto
ou recusar-se ao grande? Os temas passam,
eu sei que passarão, mas tu resistes,
e cresces como fogo, como casa,
como orvalho entre dedos,
na grama, que repousam.

Já agora te sigo a toda parte,
e te desejo e te perco, estou completo,
me destino, me faço tão sublime,
tão natural e cheio de segredos,
tão firme, tão fiel... Tal uma lâmina,
o povo, meu poema, te atravessa.