Kleber Nunes / Folha de S Paulo
RECIFE - Uma semana após o deputado federal Bruno Araújo (PSDB-PE) entregar o Ministério das Cidades e iniciar o desembarque do partido do governo Michel Temer, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse que fará o que puder para pacificar a legenda.
"Não sou candidato a presidente nacional do PSDB, pois temos bons nomes. Mas no que eu puder ajudar para unir o partido eu o farei, porém não preciso ser presidente [da legenda] para isso", disse Alckmin durante palestra para empresários e políticos, nesta segunda-feira (20), em Recife.
A cúpula tucana se reunirá no dia 9 de dezembro para uma convenção nacional. Do encontro também deverá sair o nome que representará o partido nas eleições presidenciais de 2018, que tem Alckmin e seu afilhado político e prefeito de São Paulo, João Doria, cotados como concorrentes.
Sobre a saída do deputado Bruno Araújo do Ministério das Cidades, Alckmin defendeu a decisão do ex-ministro. "Foi uma decisão acertada. Não precisamos estar no governo para apoiar as mudanças que o Brasil precisa", afirmou.
NEM LULA NEM BOLSONARO
Ao contrário do afilhado político, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), Alckmin diz que não faz questão de disputar as eleições nem com o ex-presidente Lula (PT) nem com o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ).
"Quando me perguntam se quero ser presidente para evitar a vitória do Lula ou do Bolsonaro respondo que não. Quero ser presidente para mudar o Brasil", disse.