terça-feira, 4 de setembro de 2018

Propaganda de Alckmin com tiros não ofende Bolsonaro, decide ministro

Sérgio Banhos, do Tribunal Superior Eleitoral, negou representação do deputado do PSL, candidato à Presidência, contra inserção do tucano que traz o slogan 'Não é na bala que se resolve'

Luiz Vassallo | O Estado de S. Paulo

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral Sérgio Silveira Banhos negou representação do deputado Jair Bolsonaro (PSL), candidato à Presidência, contra propaganda do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) ao Palácio do Planalto que traz o slogan ‘Não é na bala que se resolve’.

Na inserção, projéteis atingem objetos que simbolizam o ‘desemprego’, o ‘analfabetismo’, a ‘fome’ e outros. Na último segundo, uma bala segue em direção à cabeça de uma criança. “Não é na bala que se resolve”, diz a legenda – em uma clara alusão ao discurso do candidato Bolsonaro.

A defesa de Bolsonaro alegou à Corte que a introdução ‘visa atacar diretamente’ o deputado ‘no intuito de desequilibrar a disputa eleitoral, ofendendo a lisura e a moralidade do pleito’.

Dessa forma, pediu a ‘concessão de medida liminar para determinar a suspensão imediata da veiculação na televisão e nas páginas oficias do representado no Facebook e no Twitter da inserção impugnada, até o julgamento final da demanda’.

No entanto, para o ministro Sérgio Silveira Banhos, ‘não se verifica irregularidade capaz de denegrir a imagem’ do deputado.

“A uma porque não houve qualquer referência ao seu nome ou a sua imagem na propaganda eleitoral ora impugnada. A duas porque imagens tidas como ‘impactantes’ como a utilizada na inserção são apresentadas diariamente nos telejornais, uma vez que a violência explícita, lamentavelmente, é uma realidade do país”, anotou.

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