Foi
uma vitória política do governador de São Paulo João Doria a admissão do
ministro da Saúde, General Eduardo Pazuello, de que o início da vacinação
nacional pode se dar ainda em dezembro, mais certamente em janeiro.
Embora
o governador Doria garanta que não haveria falta de doses para todos que
procurassem, mesmo não morando no Estado, São Paulo se livrou de problemas como
a superpopulação das cidades com pessoas de outros estados procurando por
vacinas, e poderá promover a vacinação de maneira tranquila e rápida.
Pode
ser até que sobrem vacinas para doação a outros estados, sem prejuízo da
população local, que se sentiria prejudicada pelo afluxo de pessoas de outros
estados. A antecipação da vacinação nacional é um anúncio que só confirma que o
governo brasileiro, se tivesse se organizado com antecedência, poderia estar
começando a vacinação nacional, sem polêmicas, ao mesmo tempo que vários
países.
A
compra da vacina da Pfizer, que já está sendo utilizada na Inglaterra e em
outros países, foi atrasada por uma decisão equivocada do ministério da Saúde,
que a descartou pela dificuldade de armazenamento a temperaturas muito baixas.
A solução foi dada pela própria farmacêutica, que criou embalagens com gelo
seco que conservam a vacina por pelo menos um mês.
Agindo sempre com rancor, e sem nunca objetivar a proteção da vida humana, o presidente Bolsonaro foi obrigado a antecipar o calendário de vacinação para não deixar o governador paulista ser o pioneiro no país, enquanto a Saúde permaneceria em estado de paralisia burocrática.