“A elegibilidade universal é, dos dois
lados, uma alternativa à revolução violenta. Mas o sufrágio universal é apenas
uma parte da democracia, embora uma parte que, com o tempo, atrairá a si as restantes
partes, como um imã atrai os pedaços dispersos do ferro. Atua por certo mais lentamente do que muitos
desejariam, mas atua, a despeito de tudo. E a democracia social não pode
avançar em seu trabalho de um modo melhor do que ocupando sem reservas o seu
lugar na teoria da democracia – na base do sufrágio universal, com todas as consequências
daí resultantes para a sua tática.”
Este paragrafo de Eduard Bernstein mostra com clareza as alternativas que os trabalhadores, ou a social democracia que era o partido deles, tinham diante de si: revolução violenta ou o caminho democrático. Quem impôs a violência foi a burguesia. Isso ficou claro no episódio da Comuna de Paris de 1871. E tendo que participar do jogo violento, o proletariado, depois do Exército Vermelho de Trotsky, conseguiu fazer a Revolução Russa. E por meio de revoluções violentas meio mundo se tornou comunista. Mas como disse Bernstein, o exercício da democracia por meio do sufrágio universal, tem consequências. As revoluções violentas também têm consequências, só que negativas. Por causa disso o comunismo internacional praticamente chegou ao fim sem deixar saudade. Resta a nós, que pretendemos representar os interesses da classe trabalhadora a retornar à proposta de Eduard Bernstein de apostar no caminho democrático. O sufrágio universal é o primeiro passo desse caminho. Uma ordem econômica socializante virá naturalmente em consequência do avanço da democracia. E a maior interessada na violência, a burguesia, sabe disso. Por isso, por meio dos políticos que a representam conspira justamente contra a democracia e o voto universal.
ResponderExcluirA democracia,ainda,é o único caminho.
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