O Estado de S. Paulo
Pesquisa Ipec em que Lula lidera com 12 pontos de vantagem é banho de água fria para a campanha do presidente
O início do Auxílio
Brasil turbinado de R$ 600, a redução dos preços dos combustíveis e o
anúncio da injeção de bilhões com “bondades” eleitorais até o final do ano não
foram até agora suficientes para alavancar a candidatura do presidente Jair
Bolsonaro (PL).
A primeira pesquisa eleitoral do Ipec feita neste ano,
contratada pela TV Globo e divulgada nesta segunda-feira, 15, pelo Jornal
Nacional, mostrou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na liderança da
disputa para o Palácio do Planalto 12 pontos na frente de Bolsonaro. Lula com
44% e Bolsonaro atrás com 32% das intenções de votos
Foi um banho de água fria para a campanha do presidente na véspera do início oficial da campanha eleitoral, que começa esta semana. O time de Bolsonaro contava que a queda dos preços dos combustíveis, tema tão sensível para a população, já ajudaria a melhorar o apoio ao presidente com reflexo nas pesquisas.
Chamou atenção o dado da pesquisa indicando
que 57% das pessoas reprovam a maneira como Bolsonaro está governando o Brasil,
enquanto 37% aprovam. O instituto ouviu 2 mil eleitores em entrevistas
presenciais realizadas entre 9 e 15 de agosto.
É claro que é pouco tempo desde o início do
pagamento do Auxílio Brasil de R$
600, que começou no dia 09. Também não deu tempo para sentir o
impacto do empréstimo consignado para os beneficiários do programa social. Mas
a frustração é maior no governo, sobretudo, com o fato de que os efeitos da
redução do preço dos combustíveis e da inflação. Em julho, o IPCA teve queda de
0,68% e a desinflação foi comemorada pelo presidente.
No diesel, foram duas quedas dos preços
anunciadas em menos de uma semana. E a gasolina caiu hoje pela terceira vez em
menos de um mês. O corte do preço foi anunciado hoje depois de outra pesquisa
do Instituto FSB, encomendada pelo banco BTG Pactual, ter mostrado no início
Lula com 45% das intenções de voto e Bolsonaro com 34%.
A campanha do presidente ainda conta com o
impacto da bateria das medidas eleitoreiras que vêm sendo adotadas desde o
primeiro semestre, mas corre contra o tempo. Faltam 48 dias.
Torcendo para que não haja a tal virada.
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