Folha de S. Paulo
Com rejeição nas alturas, Bolsonaro sofre
para capturar eleitores que se opõem ao rival
A aceleração da campanha e o aumento
da exposição
dos candidatos na TV pode não ter abalado a corrida de forma
significativa, mas mexeu em peças importantes para as semanas até o primeiro
turno.
A variação dos presidenciáveis que
reivindicam o rótulo da "terceira via", ainda muito distantes
de Lula (PT)
e Jair
Bolsonaro (PL), tem efeitos colaterais sobre a situação dos dois
líderes nas pesquisas.
Pela primeira vez desde maio, o Datafolha não
captou nenhum crescimento ou oscilação positiva de Bolsonaro e registrou Lula
abaixo da linha de 50% dos votos, necessária para uma vitória imediata.
Os dados indicam que alguns eleitores voltaram a olhar vitrines da disputa, após meses de alinhamento relativamente consolidado entre o petista e o atual presidente. Nas últimas duas semanas, passou de 9% para 14% o percentual de entrevistados que declaram voto em Ciro Gomes (PDT) ou Simone Tebet (MDB).
Combinada com uma oscilação negativa de Lula, esse dado reduziu a chance de vitória do petista na primeira rodada de votação, mas manteve o favoritismo do ex-presidente para o segundo turno.
Eleitores de Ciro rejeitam Bolsonaro (65%)
mais do que Lula (48%) –o que deve reforçar os apelos do PT pelo voto útil
nesse segmento. Já os apoiadores de Simone se equivalem na oposição ao presidente
(66%) e ao petista (61%). Os números ajudam a manter Lula em vantagem na
passagem para o segundo turno.
Ainda que 27% dos eleitores de Ciro e
Simone migrem para Bolsonaro nessa etapa, a maior parte prefere o petista
(43%), e outros 29% votam em branco ou nulo. O movimento de Ciro e Simone pode
ter ajudado a frear a trajetória de alta de Bolsonaro, que vem registrando
curva de melhora na avaliação do governo.
Bolsonaro trabalha, há alguns meses, para
casar esses dados com um aumento nos índices de rejeição a Lula. A equipe do
presidente esperava que o sentimento de oposição ao ex-presidente se revertesse
automaticamente em votos para ele. Ainda que não tenham a velocidade esperada
pela equipe do atual presidente, há sinais de que os ponteiros da rejeição a
Lula estão se movendo nessa direção. Desde maio, subiu de 33% para 39% a
proporção de eleitores que dizem não votar no petista "de jeito
nenhum".
O dado põe o petista perto do patamar mais
alto de rejeição registrado por ele em eleições. Em 1994, quando Lula
foi derrotado no primeiro turno por Fernando Henrique Cardoso (PSDB), esse
índice era de 40% no final da disputa. Nas campanhas vitoriosas de 2002 e 2006,
tinha rejeição de 29% e 26%.
Neste ciclo atual, o aumento na rejeição a
Lula foi captado com maior intensidade no Sudeste –ponto-chave do esforço de
Bolsonaro para recuperar eleitores que votaram nele em 2018.
Em duas semanas, a taxa passou de 38% para
44% entre eleitores da região. Ao mesmo tempo, a vantagem de Lula para
Bolsonaro no Sudeste caiu de 12 para 6 pontos percentuais no primeiro turno.
Embora Bolsonaro tenha conseguido obter um
crescimento paralelo às variações na rejeição a Lula nos últimos meses, ele não
obteve os mesmos ganhos na nova pesquisa. Um dos motivos para isso é que a
rejeição ao próprio presidente continua em níveis proibitivos para qualquer
político interessado em ganhar uma eleição —desde a última pesquisa, a taxa
oscilou de 51% para 52%.
Não por acaso, o Datafolha detectou nesse
período um espaço para dois candidatos que mantêm distância em relação a Lula,
mas não poupam Bolsonaro de críticas. Os números da pesquisa sugerem que Ciro e
Tebet cresceram em segmentos que tinham uma conexão pouco firme com o petista
–como algumas fatias do Sudeste– e também entre eleitores frustrados ou
indecisos.
Os dois candidatos colhem os primeiros
frutos das mensagens disparadas nesta etapa da campanha. Ciro, que apostou numa
plataforma para a campanha digital, ganhou sete pontos entre os mais jovens. Já
Tebet passou de 2% para 6% entre as mulheres, foco de seu discurso no debate do
último domingo (28).
No caso da senadora, a exposição na TV
turbinou sua taxa de conhecimento, que subiu de 27% para 44%.
O levantamento também indica que, nas
últimas semanas, tanto o debate econômico como a busca pelo voto evangélico
esfriaram, apesar dos esforços das campanhas de Lula e Bolsonaro nesse sentido.
Completado o primeiro calendário de
pagamentos de R$ 600 do Auxílio Brasil, os beneficiários continuam distantes do
presidente: 56% deles seguem declarando voto em Lula no primeiro turno,
enquanto Bolsonaro marca apenas 28% no grupo.
A estagnação confirma a análise de que esse
eleitor ainda não demonstra intenção de premiar o presidente pela ampliação das
parcelas –e que pairam incertezas sobre a continuidade do novo valor.
O presidente dedicou parte de sua campanha
nas últimas semanas à divulgação
da promessa de manter o benefício em R$ 600, mas os dados indicam que, na
melhor das hipóteses, ele conseguiu apenas frear uma perda de terreno nesse
segmento.
Metade da população nunca confia nas palavras de Bolsonaro, um político sem palavra! Com tanta rejeição ao genocida, só um candidato da terceira via tem chance de vencer Lula! Ainda bem que os bolsonaristas não entendem isto e ficam papagaiando as mentiras de Bolsonaro, que o povo não aguenta mais!
ResponderExcluirAgora a maioria da população não confia no Lula porque sabe que ele é ladrão, quem rouba uma vez , vai roubar 100 vezes
ResponderExcluirSem dizer que ele é a favor do aborto das drogas, do ladrão de celular, da invasão do MST, da censura das mídias , da ideologia de gênero nas escolas , um apoio político e financeiro das ditaduras mundo afora como Cuba Venezuela e agora Nicarágua que reprime, prende padres e bispos ,incendeia as igrejas católicas, proíbe procissões
Tocando terror contra o povo católico
Pode já ir se acostumando
Bolsonaro reeleito!
Não sou Bolsonararista ,sou católico
ResponderExcluirAté agora só o Bolsonaro protestou , o Lula disse no debate que ninguém pode meter o bedelho no país do outro,
fez vista grossa , enquanto o povo cristão sofre na Nicarágua nas mãos do Presidente esquerdista Daniel Ortega
Como católico, você vê pessoas passando fome em nosso país? Ou você acha que Bolsonaro fala a verdade quando diz que não existe fome no Brasil? Como católico, você concorda com a tortura como defende Bolsonaro?
ResponderExcluirTudo conversa fiada, A turma da seita da missa negra venera o Lula com um santo homem que veio a terra para salvar a humanidade
ResponderExcluirEssa turma vai pirar o cabeção quando vê que seu líder ladrão for derrotado fragorosa mente nas urnas
O brasileiro de bem não vota nesse canalha traidor da Pátria que defende valores anticristãos como aborto, drogas ideologia de gênero e fim da família tradicional
Anota aí Bolsonaro reeleito
Só Jesus na causa.
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