Correio Braziliense
O eixo da estratégia de Lula
é a comparação do seu governo, que alcançou altas taxas de crescimento quando
concluiu o segundo mandato, com o fracasso econômico do governo Bolsonaro
Recentemente, o jornalista Paulo Markun e a
socióloga Ângela Alonso lançaram o documentário Ecos de Junho, em exibição na
Netflix, no qual tecem uma linha de continuidade entre as manifestações
espontâneas dos jovens brasileiros de 2013 e o desfecho daquele processo
antissistema, que levou à eleição de Jair Bolsonaro (PL), cinco anos depois.
Havia uma disputa política cujo desfecho foi uma guinada à direita, em 2018,
mas que ainda não terminou e, de certa forma, está presente nas eleições deste
ano, como uma espécie de ajuste de contas.
Grosso modo, essa disputa ocorreu nos quadrantes da ética, da política propriamente dita, da economia e da ideologia, simultaneamente, mas o peso relativo de cada uma dessas variáveis foi se alterando ao longo do processo. No plano da ética, a Operação Lava-Jato foi um fator determinante; na economia, o fracasso da nova matriz econômica; na política, a sua judicialização; e na ideologia, a reação religiosa à revolução de gênero.
Bolsonaro se elegeu em 2018 porque
conseguiu levar a melhor nessas quatro frentes, ainda que tenha sido favorecido
pelo impacto do atentado que sofreu em Juiz de Fora, onde levou uma facada que
o deixou entre a vida e a morte. Nas eleições deste ano, a conjuntura é outra,
o peso relativo de cada um dos quadrantes se alterou, mas eles continuam sendo
variáveis que precisam ser examinadas separadamente e, também, em interação.
A Operação Lava-Jato acabou, seus
protagonistas estão desgastados e sendo responsabilizados por eventuais abusos
de autoridade, a ponto de o ex-juiz Sergio Moro, candidato ao Senado no Paraná,
estar em risco de não se eleger. Entretanto, a questão da ética na política não
morreu, continua sendo uma variável importante da eleição, que somente não está
sendo mais explorada porque não se fala de corda em casa de enforcado.
Líder inconteste nas pesquisas, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem muita dificuldade de abordar esse
tema, que evoca o mensalão, o escândalo da Petrobras, o tríplex de Guarujá e o
sítio de Atibaia; Bolsonaro, por causa das “rachadinhas” na Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro, dos escândalos da Educação e, mais recentemente,
do estranho costume familiar de comprar imóveis com dinheiro vivo, também não
fica à vontade para falar de corrupção. A tendência é os demais candidatos se
beneficiarem do desgaste de petistas e bolsonaristas, que se digladiam nas
redes sociais, e que deve ganhar mais peso no debate eleitoral, principalmente
Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB).
A judicialização da política continua sendo
um vetor do processo eleitoral, mas numa chave diferente de 2018. Àquela
ocasião, o Supremo impediu a candidatura de Lula, que estava com a ficha-suja,
por ter sido condenado em segunda instância, o que facilitou a eleição de
Bolsonaro; agora, o jogo se inverteu, a condenação de Lula foi anulada e sua
candidatura é favorita na disputa, enquanto se arma contra o Supremo uma
coalização política interessada em reduzir seus poderes, da qual fazem parte o
Executivo, o Legislativo, o Ministério Público Federal e as Forças Armadas. Bolsonaro
protagoniza esse processo, mas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também
pode ser um interessado nesse projeto.
Para quem?
Até a semana passada, dizia-se que a
economia derrotaria o projeto de reeleição de Bolsonaro, em razão da recessão,
da inflação e do desemprego. O eixo da estratégia de Lula é a comparação do seu
governo — que alcançou altas taxas de crescimento quando concluiu o segundo
mandato, aumentou o salário real dos trabalhadores e transferiu renda às
parcelas mais pobres da população — com o fracasso econômico do governo
Bolsonaro.
Os dados do IBGE desta semana, porém,
mostram uma mudança significativa de cenário, com retomada da atividade
econômica em torno de 1,2%, queda da inflação e redução da taxa de desemprego a
9%, o que pode dar ao projeto de reeleição de Bolsonaro um gás que até agora
não tinha. A disputa de narrativas sobre a economia, obviamente, terá de ser
politizada, na base do “melhorou pra quem, cara-pálida?”.
Finalmente, a dimensão ideológica. Nas
eleições deste, esse quadrante está sendo polarizado pela reafirmação da
questão democrática pela sociedade civil, que se contrapôs ao projeto iliberal
de Bolsonaro. Entretanto, no debate eleitoral, a questão dos costumes ainda tem
muito protagonismo, principalmente em decorrência do alinhamento da maioria dos
líderes evangélicos com Bolsonaro. O presidente da República capturou o
sentimento de defesa da integridade da família unicelular patriarcal, desde
2018.
Em contrapartida, Lula, que se identifica
com o lugar de fala dos movimentos de gênero, indígena e negro, não pode
assumir as pautas identitárias como principais bandeiras de campanha eleitoral,
porque isso poderia lhe custar a eleição. As maiores vantagens estratégicas do
ex-presidente são os votos do Nordeste e das mulheres. Bolsonaro trabalha para
neutralizá-las.
Essa sua vontade de ver o maior bandido da história do Brasil, que saqueou todas as estatais e fundo de pensão enquanto dizia defender os trabalhadores, ser eleito presidente, é muito desabonador para qualquer jornalista ético
ResponderExcluirTrês pesquisas apontam o Bolsonaro na frente e empatado tecnicamente. Temos o caso da pesquisa recente da futura Bolsonaro 41,1% e Lula 36,9%a pesquisa anterior do Instituto Brásmarket Bolsonaro 41% e Lula 32,8%e o empate técnico do Instituto Paraná sonar o 41% e Lula 37. 8%
Vemos três Instituto apontando uma queda paulatina do Lula e uma subida constante e expressiva do Bolsonaro
Tanto a mídia velha , quanto jornalismo de esquerda só comentam a pesquisa do Instituto Datafolha , que pertence ao jornal Folha de São Paulo que faz oposição radical ao presidente desde o primeiro dia de mandato.
Ninguém mais bota fé no Data falha , por ele oLula já foi eleito no primeiro turno, já tomou posse e já está roubando normalmente, Só que não
O presidente vai ser reeleito
anota aí!
Sim, o presidente Lula vai ser re-reeleito no primeiro turno ou então no segundo, se necessário. Está anotado, é bom já ir se acostumando com a volta do Lulinha paz e amor e do aumento real do salário mínimo.
ResponderExcluirO Lula vai roubar o seu salário seu trouxa
ResponderExcluirKkkk
Lula governou por 8 anos e só melhorou meu salário. Bolsonaro governou por quase 4 anos e permitiu que 3 amigos meus morressem de Covid com sua política incompetente e criminosa de tratar a pandemia. Maldito miliciano assassino! Pessoas saudáveis, se contaminaram e morreram enquanto o canalha deixava mofando as propostas para compra de vacinas.
ResponderExcluirLula transferiu renda para os mais pobres, com aumento real do salário mínimo. Bolsonaro e Guedes transferiram renda para os mais ricos, sendo apoiados por grandes empresários golpistas.
ResponderExcluirA turma de fanáticos da seita da missa negra, cujo sacerdote máximo é o Lula, não consegue enxergar nada a não ser que seu líder é um santo homem, nunca roubou nada, foi preso injustamente e é um enviado de Jesus Cristo pra salvar a terra
ResponderExcluirFico imaginando que com a derrota desse canalha , essa turma vai surtar
As clínicas psiquiátricas vão ter superlotação dos alucinados inconformados rsrsrs
''Família unicelular'' é brincadeira,Bolsonaro já constituiu três famílias,ele só está esperando a Michelle envelhecer mais um pouco para formar mais uma,rs.
ResponderExcluirQuando for preso, Bolsonaro vai receber visitas das ex-esposas? Ou só seus milicianos de estimação vão poder visitá-lo?
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