Folha de S. Paulo
Em busca de voto não ideológico, campanha
do PL precisa tomar 1 milhão de eleitores por semana
Jair Bolsonaro precisa roubar mais do que
um punhado de votos de Lula para ter a chance de um novo mandato. Se a disputa
for ao segundo turno, o presidente só vence se conquistar 100% dos indecisos,
virar todos os votos nulos e ainda tomar do petista 4 milhões de eleitores. Sem
os nulos, a tarefa é mais difícil: Bolsonaro teria que atrair 9 milhões de
eleitores que estão com Lula —mais de 1 milhão por semana.
Não há caminho possível para Bolsonaro nesta corrida que não passe pela tomada de pelo menos alguns territórios pintados de vermelho. A missão é particularmente complicada numa eleição marcada por uma cristalização do voto e um alto índice de rejeição ao presidente.
O primeiro fator até deu uma ajuda a
Bolsonaro. O apoio firme
acima dos 30% bloqueou a ascensão de desafiantes e permitiu que
o presidente reivindicasse um monopólio da oposição ao PT. Mas o quadro
consolidado do outro lado da disputa atrapalha a migração de votos de que ele
precisa para superar Lula.
A rejeição é o quesito
determinante para travar esse movimento. De acordo com o Datafolha,
52% dos eleitores dizem não votar em Bolsonaro de jeito nenhum. Não por acaso,
Lula aparece com 53% na simulação de segundo turno.
A conexão entre esses números mostra que
uma fatia considerável do eleitorado não vê Bolsonaro como opção razoável, o
que torna muito mais custoso o esforço para roubar votos que estão com Lula.
Em seu primeiro
discurso no 7 de Setembro, Bolsonaro disse que era preciso
"convencer aqueles que pensam diferente". Mais tarde, pediu que
ninguém tente persuadir "um esquerdista". E acrescentou: "Não
têm argumentos, são cabeças vazias".
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O eleitor que Bolsonaro tenta roubar de
Lula realmente não é "um esquerdista". O presidente investe no
antipetismo para ampliar a rejeição ao rival e buscar um voto não ideológico,
que flutua da esquerda à direita, principalmente ao sabor dos ventos da
economia. Ele ainda depende de uma rajada a seu favor.
Interessante, quatro institutos de pesquisa já assinalam Bolsonaro à frente do Lula, e vocês ignoram fingindo não ver.
ResponderExcluirInstituto Gerp, Instituto Paraná pesquisas, Instituto Brasmarket e agora o Instituto Futura, que mostrou Bolsonaro com 41,8% contra Lula 35,7% das intenções de voto
Daqui pra frente vai ser um samba do crioulo doido, os jornalistas inventando narrativas para justificar a derrota do Lula
Infelizmente mas vai ser divertido, ver a narrativa que cada um de vocês vão inventar pra justificar tamanho erro de projeção e expectativa que vocês fizeram em relação ao Lula,
O ladrão!
Roubar é mesmo com Bolsonaro... O título da coluna é adequado! Roubou a vida de centenas de milhares de brasileiros com sua criminosa gestão da Covid, roubou a comemoração cívica do bicentenário da Independência no Rio de Janeiro e em São Paulo, misturando dinheiro público governamental com campanha eleitoral dum candidato. Com tantos erros e crimes no seu DESgoverno, cada vez mais aumenta sua rejeição, como bem mostra o colunista! Ainda assim, o genocida consegue manter um apoio de quase 1/3 dos eleitores, o que lhe dá alguma chance de chegar num eventual segundo turno. Parabéns ao colunista pela análise!
ResponderExcluirDepois da propaganda de todos os meios de comunicação ao 7 de setembro ajudar Bolsonaro... Parece que nem assim houve a esperada virada.
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