quarta-feira, 7 de setembro de 2022

Bruno Boghossian - O voto das mulheres pobres e ricas

Folha de S. Paulo

Mulheres reduzem alinhamento de ricos e classe média com Bolsonaro

A economia deve repetir nesta eleição um papel tradicional na formação do voto. Até aqui, os brasileiros mais pobres demonstram preferência por Lula, enquanto aqueles de renda média e alta têm se reaproximado de Jair Bolsonaro. Parte desse alinhamento, no entanto, pode ser quebrada por um fator adicional: a rejeição das mulheres ao presidente.

Uma visão negativa sobre Bolsonaro une parte das eleitoras pobres e ricas. Segundo números da última pesquisa do Datafolha, homens e mulheres de baixa renda se comportam de maneira parecida na avaliação do presidente. Mas mulheres de classe média e alta apresentam uma oposição maior a ele do que os homens desses mesmos grupos.

Os índices de rejeição a Bolsonaro são iguais para homens e mulheres que recebem até dois salários mínimos por mês: 56% dizem não votar no presidente de jeito nenhum. Esse patamar se repete entre as eleitoras que recebem mais do que isso, mas não entre os homens. Para eles, a taxa fica na casa dos 41%.

Ainda que a renda costume se sobrepor a outras questões como fator eleitoral determinante, os números sugerem a existência de um viés de gênero que afeta de maneira significativa os números de Bolsonaro.

O comportamento das eleitoras reflete o julgamento que elas fazem do governo. No segmento mais pobre, a avaliação negativa da gestão Bolsonaro aproxima homens e mulheres (na faixa de 45%). Nos grupos de renda média e alta, o índice de impopularidade cai para o patamar dos 33% no caso dos homens, mas se mantém alto entre as mulheres.

Em 2018, as atitudes de Bolsonaro produziram movimentos de mulheres como o #EleNão, com peso insuficiente nas urnas. Agora, as pesquisas indicam um efeito sólido.

Bolsonaro perde de longe para Lula entre os mais pobres, de maneira geral. Nas faixas de renda média e alta, o presidente só consegue vencer no eleitorado masculino. Entre as mulheres, os dois ficam tecnicamente empatados, com vantagem numérica para o petista.

 

8 comentários:

  1. Anônimo7/9/22 08:56

    Parece que a última pesquisa do Paraná Instituto aponta uma direção diferente, estamos vendo o Lula estagnado com 40% dos votos e empate técnico com Bolsonaro com 36. 7% que cresce
    Já na última pesquisa Quaest, aponta que o presidente já está à frente do Lula na região Sudeste.
    Já nas regiões Sul, Centro oeste e Norte, Bolsonaro está à frente já faz tempo
    O nordeste vai surpreender, vai dar Bolsonaro
    Presidente reeleito!

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  2. Anônimo7/9/22 15:29

    Esse cara que louva quem o fere faz parte do abjeto bando das trevas

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  3. Anônimo7/9/22 20:21

    Bolsonaro realmente gosta de dar... No Nordeste, no Sudeste, no Norte, no Sul... Dá tudo que o Centrão quer e pede! Tchutchuca do Centrão!

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  4. O segmento que menos vota em Bolsonaro são os gays,pena que é minoria.

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  5. Anônimo8/9/22 06:52

    Pode Jair se acostumando
    As manifestações caudalosas com milhões de pessoas na rua em todo país mostra que o povo quer a reeleição do presidente
    Hoje o PT está de ressaca cívica depois do choque de realidade de ontem no sete setembro
    Por mais que a mídia e a esquerda comunista quererem enganar o povo com a suas pesquisas e narrativas fajutas

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  6. Anônimo8/9/22 15:24

    Acho que Bolsonaro se diz imbrochável pra aumentar seu apoio entre os gays... Será que estes se deixam enganar tão facilmente?

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