O Estado de S. Paulo
Sem se mover, resta a Bolsonaro que ‘segundo turno é outra eleição’. Será?
Mais uma pesquisa atestando a estabilidade
favorável ao ex-presidente Lula e capaz de desestabilizar a campanha do presidente
Jair Bolsonaro: o Datafolha confirmou ontem que o petista se mantém firme e
forte na faixa dos 45% e o presidente não sai do lugar, oscilando não mais para
cima, mas para baixo.
A situação continua rigorosamente igual, mostrando, semana a semana, que Bolsonaro não atingiu o alvo de ultrapassar Lula nem reduziu a diferença. A nova pesquisa só não é um total desastre para ele porque a hipótese de segundo turno permanece real. Com a frustração de disparar em junho, julho, agosto, setembro... resta o consolo de que “o segundo turno é uma nova eleição”. Será?
Com mudanças de estratégia e movimentos
erráticos, a campanha de Bolsonaro dá sinais de que não sabe mais o que fazer.
E é exatamente no meio disso que Bolsonaro vai torrar seis decisivos dias, indo
a Londres e a Nova York. E continuam os erros.
Ele e aliados atacam jornalistas mulheres e
falam sobre “princesas” e que mulheres “não são insubmissas e livres”, num país
em que a maioria da população (logo, das mulheres) é pobre, luta bravamente
pela sobrevivência, não quer “beijinhos e rosas”, como diz o presidente, mas,
sim, emprego, renda, respeito, dignidade, saúde e educação para os filhos e,
claro, comida na mesa.
Bolsonaro fala humildemente num dia que tem
67 anos e, se perder, passa a faixa, desiste da política e “não tem mais nada a
fazer nessa Terra”. No dia seguinte, volta a atacar tudo e todos. E ele decidiu
investir tudo em São Paulo, no interior, com seus 18,2 milhões de eleitores,
mas sua situação lá também não parece confortável.
Pelo Datafolha, o petista Fernando Haddad
tem 36% e o bolsonarista Tarcísio de Freitas, 22%, mas o governador Rodrigo
Garcia, neotucano, cresceu quatro pontos, está com 19% e ameaça ultrapassar
Tarcísio.
Isso reflete as dificuldades do próprio
Bolsonaro no principal Estado e as coisas não vão bem também em Minas, segundo
colégio eleitoral, onde o presidente não conseguiu apoio formal do governador
Romeu Zema, que pode vencer em primeiro turno, e tem um candidato, Carlos
Viana, com míseros 5%.
Com Bolsonaro engessado, Lula investe em
duas frentes: o voto útil dos eleitores de Ciro Gomes e Simone Tebet e uma
supercampanha para os eleitores “não pegarem seus carrinhos e irem para a praia
no dia da eleição”. Além de mais agressivo, o eleitor de Bolsonaro é mais
obstinado e vai votar. Se a abstenção bater novo recorde, tende a ser à custa
dos votos de Lula e matar de vez a vitória no primeiro turno.
De novo sai um monte de pesquisa dizendo Bolsonaro à frente ou empate técnico mas você jornalista esperam só o Datafolha , pesquisa do Datafolha, a Datafolha definiu quem vai vencer no primeiro turno
ResponderExcluirO Luladrão!
Bolsonaro não sai do lugar, e cada vez mais se enterra um pouco, no mesmo atoleiro para onde conduziu nossa nação e onde o genocida nos imobilizou nos últimos quase 4 anos. Cadeia para o genocida!
ResponderExcluirO eleitor bolsonarista é mais agressivo,concordo.Santo ninguém é,lugar de santo é no céu e não na terra.
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