O Globo
Ciro Nogueira está pegando seu banquinho e
saindo de mansinho. Diz que vai ali no Piauí e volta já. Será que volta?
A estratégia do QG de Luiz Inácio Lula da
Silva em busca do voto útil conseguiu reverter a tendência de praticamente toda
a campanha: Jair Bolsonaro perdeu o domínio da narrativa eleitoral a dez dias
do pleito. Depois de esgotar todas as cartadas, mesmo a exótica viagem
internacional no momento crucial da eleição, o presidente e seu entorno parecem
atordoados, perdidos, desmotivados.
A pregação pelo voto “Lula já” surtiu
efeito junto a juristas, artistas, economistas, adversários políticos e trouxe
até o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ex-alvo preferencial do PT, para
o debate, ainda que com uma nota em que não dá nomes aos bois, só aos
conceitos.
FH fez mais em entrevista há
um ano para mim, aqui no GLOBO. Na ocasião, disse que, caso se
configurasse um segundo turno entre Lula e Bolsonaro, não deixaria de se
posicionar.
— Se ficar entre Lula e Bolsonaro, temos de
escolher entre um dos dois. Da última vez, eu não escolhi. Desta vez não vou
fazer isso. É preciso escolher. E eu não vou escolher o Bolsonaro.
Ele foi, portanto, elegante com a senadora Simone Tebet, candidata do MDB que tem o apoio do PSDB. Mas não resta nenhum sujeito indeterminado na sua nota cheia de sujeitos ocultos.
Lula e o PT intensificarão a pesca por
declarações de voto emblemáticas, que continuem pautando o noticiário e
repercutindo nas redes sociais, ao mesmo tempo que, nas derradeiras oportunidades
de entrevistas, debates, lives e horário eleitoral, baterão pesado em Bolsonaro
e acenarão aos eleitores de Ciro Gomes e Simone Tebet.
Funcionará? As pesquisas não permitem
cravar nenhuma resposta. Mas, da perspectiva lulopetista, não há outra estratégia
a seguir. O importante é a dosagem dos remédios, para que não envenenem o
paciente. No caso, os eleitores cobiçados e os candidatos alvos do ataque
especulativo — que, ao se sentirem desrespeitados, poderão interditar o espaço
para diálogo caso o segundo turno, enfim, aconteça.
A maneira como Ciro Gomes reage mostra que
a mágoa de 2018 atingiu outra proporção. Até o voto em Lula sem declarar apoio
pode ser inviabilizado caso haja segunda etapa da disputa. O inconformismo do
candidato do PDT é tal que descalibrou seu discurso, flertando com ideias de
uma direita antiestablishment apenas para atacar Lula, não percebendo que o
dano maior pode ser à sua biografia.
Enquanto isso, no bolsonarismo, o clima
mudou totalmente desde a euforia logo contida com o 7 de Setembro. As pesquisas
posteriores mostrando estagnação e leve oscilação negativa do presidente e a
péssima repercussão do giro internacional desmobilizaram a tropa. Os vários
grupos que compõem o bolsonarismo já começam, nos bastidores, a atribuir a
culpa pelo cenário atual.
Se em público satanizam os institutos de
pesquisa e a imprensa, os culpados de sempre, em privado já reconhecem o papel
que o destempero do presidente e de seus aliados mais radicais, como o deputado
Douglas Garcia, teve para segurar a recuperação das intenções de voto e a queda
da rejeição.
O Centrão e o próprio Bolsonaro culpam
Paulo Guedes pelas más notícias no Orçamento, que desmentem a súbita
preocupação social do presidente na reta final do governo. O ministro, se
sentindo acossado, até pela ameaça de que, em caso de segundo mandato, seu
ministério (e seu poder) será reduzido, reage com nervosismo, abandonando uma
entrevista em que fez justamente aquilo de que os aliados reclamam: jogou
contra o discurso eleitoreiro. Reativo, atirou contra o colega Ciro Nogueira, a
quem acusa de não apoiar Bolsonaro.
De fato, Nogueira está pegando seu
banquinho e saindo de mansinho, ao se licenciar da Casa Civil no momento
crucial da disputa. Diz que vai ali no Piauí e volta já. Será que volta?
Os primeiros ratos já estão abandonando o barco naufragando de Jair Bolsonaro... Alguns ratões saíram antes do naufrágio: Sergio Moro, Eduardo Pazuello, Abraham Weintraub, pastor Milton Ribeiro. O ratão Ricardo Salles fez que saiu mas continua assessorando informalmente o miliciano mentiroso!
ResponderExcluirFora bozo!
ResponderExcluirVocês inventam uma narrativa acabam acreditando nela, Bolsonaro vai ganhar no primeiro turno , o povo não vai votar no ladrão cachaceiro e mentiroso não , esquece!!!
ResponderExcluirLula ladrão seu lugar é na prisão!
ResponderExcluirLula é a favor do aborto, das drogas , da invasão do MST , é a favor da ideologia de gênero, apoia Cuba, Venezuela e Nicarágua que prende padres e bispos e toca fogo nas igrejas católicas
ResponderExcluirO nove dedos nunca mais!
Mentiroso como seu tocador de berrante, gado!
ExcluirO que o FHC não falou foi sobre o abandono ao Serra, melhor candidato que o próprio FHC. A favor do Lula seu pior inimigo pessoal e político, por invejoso que é. Sempre achei esse fofoqueiro bobão, o único que em 8 anos nunca deu um aumento de salário aos funcionários. Pão duro também ele é e seu Mal-an de tristíssima memória .
ResponderExcluirNossa obrigação é passar esse país a limpo.
ResponderExcluirDevo dizer, portanto, que moralmente ele é um exemplo a ser seguido.
ResponderExcluirCADEIA pro genocida! Ninguém aguenta mais tanta mentira e maldades! É o político mais imoral que já tivemos, e ainda quer se apresentar como religioso!
ResponderExcluirE por essas e outras que eu escolhi ser Senador e preciso apenas do teu voto e eleito todos verão o momento em que a porca torce o rabo.
ResponderExcluirÉ,não é nada fácil fazer política.
ResponderExcluirLula ladrão seu lugar é na prisão!
ResponderExcluirAbaixo a ditadura do STF!
Viva as liberdades democráticas!