Folha de S. Paulo
Voto de Meirelles no PT faz povo do mercado
especular sobre ortodoxia luliana
Na segunda-feira (19), grupos de Whatsapp
de donos do dinheiro se encheram de mensagens sobre "sinais de
moderação" de Lula
da Silva (PT). Algumas dessas pessoas até deram entrevistas e palestras
animadas ou de pessimismo atenuado sobre o que pode ser a economia sobe um Lula
3. Tudo porque Henrique
Meirelles declarou voto no petista.
Na terça-feira, a turma do "mas",
do contra e os apenas sensatos apareciam para dizer que tal animação era
bobice, por motivos variados. Era mesmo espuma de campanha
eleitoral. No entanto, deu para discernir alguns sinais no meio do ruído
desse zunzum.
Primeiro, que no curto prazo não parece tão difícil animar os povos do dinheiro, pois a mera presença de Meirelles em um comício lulista rendeu conversa. Segundo, parece que muita gente espera apenas alguma segurança, uma garantia pequena e melhorzinha, para comprar ativos financeiros ora baratinhos, como títulos da dívida pública e mesmo ações, e para retomar operações de abertura ou aumento de capital de empresas, que foram para o vinagre neste 2022.
Ou seja: com um pouco de esperteza, dá para
começar o próximo governo com algum vento favorável, mui necessário, pois a
coisa está feia, apesar da calmaria, muito pior do que em 2002-2003.
Isto posto e voltando aos miúdos, Meirelles
não está sendo cogitado para coisa alguma porque ninguém no entorno de Lula
sabe o que ele pretende fazer da economia, caso eleito. É o que petistas,
outros próximos de Lula e gente da campanha repetem desde o início do ano.
Um velho petista bonachão, dos cabeças-fria
do partido e muito próximo de Lula diz, rindo: "Olha, se alguém sabe de
ministro da Fazenda e essas coisas, vou ficar magoado, porque não sei de nada e
Lula nem deixa ter conversa sobre isso perto dele".
Muito petista estava, no entanto, fulo com
a mera fofoca sobre Meirelles. Mas outros cabeças-fria do partido diziam que,
mesmo para "ser ortodoxo", não é preciso colocar
"banqueiro" no comando da economia, o que seria "afrontar"
eleitores, partido e aliados. Seria possível mandar o mesmo "recado"
com um petista ou similar no ministério, com "técnicos" importados da
"ortodoxia", para usar os termos da conversa de petistas mais
conformados, por assim dizer.
Especulações e "posicionamentos"
há. Meirelles dança o passinho da aproximação com o lulismo faz meses. Agora
oferece abertamente seus préstimos. Desde julho, há especulação sobre o
presidente do conselho de administração do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco.
Até metade do ano, o zunzum mais forte era
sobre um ex-governador petista ou companheiro de viagem, um "político
hábil", assumir a Fazenda, como vazam repetidamente petistas mais ou menos
graúdos. Isto é, "alguém com capacidade de negociação com o
Congresso".
Pode ser, mas tudo isso é conversa fiada.
Para ajudar aqueles donos do dinheiro a ganhar algum tutu na virada do governo
e dos juros ou, sério, criar ao menos expectativas favoráveis, é preciso se
definir o óbvio.
Se eleito, Lula precisa dizer se vai aceitar
um comando econômico relativamente autônomo (como em 2003-2006), um projeto
sério de contenção da dívida (algum "teto" de gasto), se vai fazer
acordo parlamentar bom para duas ou três reformas grandes logo de cara
(tributária, administrativa e garantias para investimento privado) e se vai
nomear e apoiar "técnicos" capazes de tocar tudo isso. Na
reconstrução do país, as alternativas de política econômica serão mínimas.
Até agora, a conversa econômica de Lula é apenas um pot-pourri de flores que murcharam faz pelo menos 12 anos. No entanto, como se vê, até o povo do mercado quer acreditar em um possível Lula 3.
Fora,Bolsonaro.
ResponderExcluirMil vezes Lula 1, 2 ou 3 a uma caricatura de fascista que quer assassinar 30 mil.
ResponderExcluirOrtodoxia Luliana?
ResponderExcluirvocês perderam completamente a vergonha na cara, fica falando besteira pra essa turma cabeça oca ficar aplaudindo qualquer sandice contra o Bolsonaro turma de fanáticos
Já já vocês vão sentir que conversa de jornalistas é uma coisa e o voto é outra
Uma coisa é certa: Paulo Guedes não entrará em 2023 como ministro... Estará livre pra ser processado sem foro especial. Provavelmente vai viajar pro exterior e só voltar quando a poeira baixar! Pode ser que visite o grande blogueiro Allan dos Santos, canalha que recebia verbas públicas pra fazer postagens defendendo os crimes do DESgoverno Bolsonaro! Está sendo investigado pela PF e será processado se voltar ao país.
ResponderExcluirGuedes é um pinguinho de gente moral e fisicamente. Um snob a serviço do imprestavel, eterno acessório de Pinochet
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