Folha de S. Paulo
Plano de instalar no país uma autocracia se
sustenta na corrupção do orçamento secreto
Ninguém que tenha a cabeça no lugar
acredita mais no que fala o mentiroso. Para evitar danos na campanha, Bolsonaro mais uma vez diz que não disse o que disse.
Desistiu de fazer do Brasil uma república das bananas. Não quer capturar o STF,
com a nomeação de novos ministros, e se transformar num arremedo de Hugo Chávez,
na Venezuela, e Viktor Orbán,
na Hungria, além de repetir o AI-2, baixado pelo regime militar em 1965. Quem
não te conhece que te compre.
O centrão —orgulhoso de seu caráter parasitário e de seguir quem está no poder, independentemente da ideologia— e o partido militar —formado para sustentar os desmandos do capitão e que hoje tem como principal representante o general Mourão— vão pela mesma estrada de falsos desvios e atalhos.
Líder do governo na Câmara, o deputado
Ricardo Barros nem ao menos se preocupa em maneirar os termos do discurso
liberticida. Afirma abertamente que é preciso "enquadrar" o Supremo.
Outras hipóteses são levar adiante a CPI da Lava Toga e promover o impeachment de integrantes
da corte —em 2021, Bolsonaro fez uma denúncia contra Alexandre de Moraes,
exigindo seu afastamento. O pedido foi rejeitado.
Para Bolsonaro, a venezuelização do STF é
mais um passo para instalar no país uma autocracia para chamar de sua e causar
inveja ao colega Erdogan, da Turquia. Para o centrão, vale a continuação do
orçamento secreto —que a ex-candidata a presidente Simone
Tebet chama de "maior esquema de corrupção do
planeta" e cuja inconstitucionalidade está na mira da ministra Rosa Weber.
Nesta sexta (14), a PF prendeu no Maranhão
os primeiros envolvidos nos crimes financiados pelo arranjo entre o governo e o
Congresso. O alvo era o SUS, consultas e atendimentos que jamais existiram, um
desvio de R$ 69 milhões. Vem mais coisa por aí. O poço do bolsolão não tem
fundo. Mensalão e petrolão, juntos, não fazem marola na sua superfície.
"Ninguém que tenha a cabeça no lugar acredita mais no que fala o mentiroso. Para evitar danos na campanha, Bolsonaro mais uma vez diz que não disse o que disse"
ResponderExcluirBolsonaro é mentiroso. Como podemos eleger um mitômano?
Bem, nós vimos em Aparecida q o gado apoia o mentiroso.
Em outras palavras, parte influente de nosso povo tem afinidades com o bolsonaro o q me leva a triste conclusão de q parte de nosso povo é mentiroso. Só parte.
Não vai conseguir transformar o país numa MENTIROCRACIA.
Bolsonaro está venezuelizando o Brasil desde o início do seu mandato! Logo o miliciano mentiroso que acusava o PT e seu candidato Haddad de quererem fazer isto...
ResponderExcluirMisericórdia!
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