Valor Econômico
PL quer Tereza Cristina na sigla e no
comando do Senado
Líder resiliente das pesquisas, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não está disposto a ceder à
pressão para antecipar nomes e um detalhamento de seus planos para a gestão da
economia antes do resultado das urnas no segundo turno.
O clima é de apreensão com o futuro da
economia entre setores do empresariado e do mercado financeiro porque o cenário
que se avizinha é de imenso rombo fiscal, num contexto externo de desaceleração
das economias americana e europeia.
Especialistas preveem impacto orçamentário estimado para 2023, relativo às principais promessas de ambos os presidenciáveis, de dezenas de bilhões de reais. Some-se a este cenário que a PEC do Calote limitou a R$ 40 bilhões o pagamento das dívidas judiciais neste ano, jogando para os próximos anos um remanescente de R$ 49 bilhões relativo a 2022.
Um integrante da coordenação da campanha de
Lula ponderou à coluna que o candidato petista não pode indicar um ministro da
Economia, ou eventuais membros da equipe econômica, antes de ser eleito, porque
soaria até como um insulto ao eleitor. Deu o exemplo de um time que começa a
ser escalado para jogar um campeonato, sem que o técnico tenha sido escolhido.
Outro argumento é de que Lula já expôs em
entrevistas e discursos algumas diretrizes de seu projeto para a economia. Ele
foi enfático na decisão de extinguir o teto de gastos, mas com a ressalva de
definirá outra âncora fiscal. O petista tem recordado que fez superávit
primário nos oito anos de sua gestão e afirmou que pretende manter o mesmo
compromisso com a responsabilidade fiscal, bem como reduzir o valor da dívida
em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), que caiu para 77,5% no fim de
setembro.
Depois de receber o apoio dos “pais do
Plano Real”, ontem Lula teve a adesão à sua candidatura de mais pesos-pesados
da economia, como o imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL) Eduardo
Giannetti, além de Samuel Pessoa, Bresser Pereira, André Lara Resende e Andrea
Calabi. Segundo relatos de participantes do evento, os economistas declararam
apoio “incondicional, irrestrito e independente” ao petista, tendo como
premissas a defesa da democracia, o combate à desigualdade social e o
compromisso com a proteção ao meio ambiente.
Antes desse evento, na quinta-feira, os
pais do “Plano Real” - Armínio Fraga, Edmar Bacha, Pedro Malan e Persio Arida -
haviam declarado voto no petista no segundo turno. Para justificar a escolha,
declararam em nota pública: “nossa expectativa é de condução responsável da
economia".
Outro representante da direção da campanha
lulista ouvido pela coluna afiançou que o petista, se for eleito, quer investir
em “caras novas” para o eventual futuro primeiro escalão.
“Lula quer gente nova”, disse a fonte,
ressalvando que o petista deverá se cercar de um “núcleo de conselheiros”, com
nomes que o acompanham há mais tempo, como o senador Jaques Wagner (PT-BA), o
ex-ministro e presidente da Fundação Perseu Abramo Aloizio Mercadante.
Para o eventual ministério lulista, são
nomes considerados pule de dez os ex-governadores que fizeram seus sucessores,
como Wellington Dias (PT), do Piauí, Camilo Santana (PT), do Ceará, e Flávio
Dino (PSB), do Maranhão. Os três elegeram-se senadores. Outro nome visto como
certo é o do governador da Bahia, Rui Costa (PT), cuja aposta é de que eleja
Jerônimo Rodrigues como sucessor no segundo turno.
Para a direção da economia, continuam
cotados o deputado reeleito e ex-ministro Alexandre Padilha (PT), que
acompanhou Lula no jantar realizado pelo Grupo Esfera no dia 27; e o
ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT), caso não saia vencedor da disputa
pelo governo paulista.
Lula comprometeu-se com Simone Tebet (MDB)
a formar um ministério plural, inclusive com mais mulheres. Nesse contexto,
além da própria Tebet, são cotadas a deputada eleita Marina Silva (Rede), para
reassumir o Ministério do Meio Ambiente, e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann.
Bolsonaro
Depois de declarar publicamente que a
ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina era “cotadíssima” para a vaga de
vice-presidente em sua chapa, mas optar pelo ex-ministro da Defesa Braga Netto
(PL), Jair Bolsonaro tem planos ambiciosos para a aliada, em acerto com o
Centrão.
Num acordo de bastidores envolvendo as
cúpulas partidárias, Tereza Cristina trocaria o Progressistas (PP) pelo PL, de
Bolsonaro, para concorrer à presidência do Senado em 2023. Em retribuição, o
PL, com 99 deputados federais, apoiará a reeleição de Arthur Lira (AL), do PP,
ao comando da Câmara.
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto,
entrou em campo para formar a maior bancada do Senado, a fim de superar o PSD
do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (MG). Com oito senadores eleitos, o PL
contabiliza atualmente uma bancada de 14 parlamentares. A meta de Valdemar,
entretanto, é alcançar 17 titulares, incluindo Tereza no time. Se a candidatura
à presidência do Senado não prosperar, Tereza pode ser reconduzida ao comando
da Agricultura, no projeto de continuidade do governo que impulsiona Bolsonaro.
No domingo, em entrevista ao podcaster e
youtuber Paulo Figueiredo, o presidente indicou que o ministro Paulo Guedes
permanecerá na condução da Economia em seu eventual segundo mandato.
Questionado se manteria Guedes no comando da pasta, o presidente respondeu:
"Se depender de mim todos ficam [ministros]".
É nesse contexto que o PL - agora titular
das maiores bancadas na Câmara e no Senado - poderá contar com dois ou mais
ministros. Atualmente, a sigla tem indicados no segundo escalão.
O senador eleito Rogério Marinho (PL-RN)
deve retomar o comando do Ministério do Desenvolvimento Regional. E após
cumprir a espinhosa missão de garantir palanque a Bolsonaro na Bahia e ficar em
terceiro lugar na disputa ao governo, o ex-ministro João Roma deve ser
reconduzido ao Ministério do Desenvolvimento Social após o segundo turno.
"Lula guarda nomes e Bolsonaro repete o time"
ResponderExcluirO time do palerma da República já provou q é incompetente. A guerra e a pandemia atingiram os países do mundo mas o Brasil piorou mais do q a média. Mais miséria, mais desemprego, mais mortes por covid, mais inflação, mais tristeza.
Repetindo: o Brasil piorou mais do q a média exatamente por causa do péssimo time do genocida da República. Escalar mais do mesmo é outro forte motivo pra apertar 13 nas urnas.
No artigo acima, comparem os nomes q acompanham Lula e os do palerma da República.
ResponderExcluirA qualidade e os serviços já prestados ao Brasil dos q estão do lado lulista é incomparavelmente melhor do q os do lado do genocida.
Mais uma razão pra votar 13.
Outra razão pra votar 13 é deixar o genocida mais perto da sua prisão!
ResponderExcluirConcordo com madame Lula da Silva.
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