O Estado de S. Paulo
O estímulo ao terrorismo ‘do bem’, agora sabemos, vai até a tentativas de homicídio de policiais
Em 13/8/2021, escrevi que Jair
Bolsonaro “encobre o patrimonialismo, o fisiologismo, os
acordões e a inépcia da família com o reacionarismo aloprado que resultou na
prisão de Roberto Jefferson, o condenado no mensalão do PT promovido a
mártir da liberdade bolsonarista de aloprar”.
O ex-deputado do PTB levou a sério seu
papel.
“Reagi. Não vou me entregar. Só saio daqui
morto”, disse Jefferson ontem, após dar tiros de fuzil e lançar granadas contra a PF, quando
agentes chegaram à sua casa para levá-lo à cadeia, por ordem de Alexandre de
Moraes.
O ministro do STF revogou a prisão domiciliar “em face do reiterado desrespeito às medidas restritivas” a visitas, orientação de correligionários, entrevistas, notícias falsas e redes sociais. Em vídeo publicado por sua filha e correligionária Cristiane Brasil no dia 21, o ex-deputado xinga Cármen Lúcia de prostituta arrombada, ao comentar a postura da ministra do TSE em decisão que concedeu, por 4 votos a 3, três direitos de resposta ao petista em emissora governista e proibiu o lançamento até dia 31 do filme de uma produtora sobre o caso Adélio.
Segundo o corregedor-geral do TSE, Benedito
Gonçalves, o objetivo é evitar “que tema reiteradamente explorado” por
Bolsonaro “em sua campanha receba exponencial alcance, sob a roupagem de
documentário que foi objeto de estratégia publicitária custeada com
substanciais recursos da pessoa jurídica”, considerada promotora de conteúdo
“consistentemente favorável” ao presidente, “inclusive por meio notícias falsas
ou gravemente descontextualizadas” em prejuízo de Lula, o que já levou à remoção
do filme sobre o caso Celso Daniel. A nova medida, alegou, “não impedirá a
veiculação”, “eis que não imposta censura prévia”, mas “inibição do
desequilíbrio que potencialmente adviria do lançamento na derradeira semana de
campanha”.
Expressando-se pior, Cármen Lúcia frisou
que “não se pode permitir a volta de censura sob qualquer argumento no Brasil”,
mas que a situação é “excepcionalíssima”, “um caso específico” e “estamos na
eminência de ter o segundo turno”. Ela foi logo criticada por abrir exceção à
censura para prejudicar Bolsonaro.
Contudo, “a função do reacionarismo aloprado” – título do meu artigo de 14 meses atrás – é ir além das críticas legítimas a tribunais superiores, para instigar reações. O estímulo ao terrorismo “do bem”, agora sabemos, vai até a tentativas de homicídio de policiais às vésperas da eleição. Só então vem a notinha de repúdio, para evitar a perda de votos.
Jefferson fez o que Bolsonaro seguidamente ameaçava! Pegou em armas, atirou contra pessoas, explodiu granadas... Bolsonaro, quando no exército, PLANEJOU EXPLODIR BOMBAS! Jefferson realizou o SONHO de Bolsonaro...
ResponderExcluir"Reagi. Não vou me entregar. Só saio daqui morto”
ResponderExcluirAté na jura final os bolsonaristas mentem.
Porra, bozojeff, cê saiu vivo!
Cê mentiu pra mim!
Mentiu pros brasileiros!
E mentiu pro gado!
Vc seria o mártir gadense, bozojeff, tão precisado pelo genocida. Faltou coragem no final.
ExcluirO jornalista parece que acordou.
ResponderExcluirCoragem não é o forte dos bolsonaristas... O negócio deles é COVARDIA e VIOLÊNCIA!
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