Folha de S. Paulo
Em escala global, 80% dos governantes que
pleiteiam a recondução têm sucesso
O pleito presidencial deste ano ainda não
foi concluído, mas já tem um grande derrotado, o equilíbrio da corrida
eleitoral. Em teoria, um presidente não deveria em hipótese nenhuma se servir
do cargo que ocupa para obter vantagem na disputa por votos. A teoria não
funciona.
O problema é em alguma medida insolúvel, pois a própria democracia já vem com um forte viés situacionista. Em escala global, 80% dos governantes que pleiteiam a recondução têm sucesso. O destaque na mídia, o controle da máquina pública e até a psicologia conspiram a seu favor.
No caso brasileiro, o desequilíbrio é
agravado por outros fatores. A reeleição
aqui surgiu através de um casuísmo, o que deixou uma trilha de
assimetrias na legislação. Um exemplo: o governante que pretende renovar seu
mandato não é obrigado a se desincompatibilizar. De fato, seria esquisito
forçá-lo a renunciar para depois voltar ao cargo. O problema é que seus
adversários, se tiverem postos no Executivo, são. No caso do pleito presidencial,
o postulante mais poderoso tem o privilégio de fazer campanha no cargo e seu
eventual desafiante, não.
Tudo isso, porém, é brincadeira de criança
perto do que fez e faz Jair Bolsonaro. Sem temor ou pudicícia, ele colocou
verbas e instituições públicas a serviço da reeleição. Aprovou uma série de
propostas que visam essencialmente a mantê-lo no cargo, como a PEC dos
Precatórios, o Auxílio
Brasil só até dezembro, a redução de impostos sobre a energia etc.
Levou até as Forças Armadas para atos de campanha. Agora está perdoando
dívidas.
O remédio contra esses abusos seria a
cassação da chapa por abuso de poder político e econômico. Mas o TSE reluta em
utilizá-lo. É de fato complicado tirar no tapetão um candidato que recebeu mais
de 50 milhões de votos.
O retrocesso institucional é brutal. Pelos
precedentes estabelecidos, o próximo candidato à reeleição que não barbarizar é
um trouxa.
O seu cinismo ultrapassou a média do jornalismo de esquerda , você não só está dando posse ao Lula ladrão como está insinuando pra ele barbarizar pra ser reeleito
ResponderExcluirÉ uma vergonha uma lástima todos vocês viraram cabo eleitoral do ex presidiário
"Tudo isso, porém, é brincadeira de criança perto do que fez e faz Jair Bolsonaro"
ResponderExcluirSim, o genocida é, comprovadamente, um canalha! E, CLARO, UM FUTURO PRESIDIÁRIO.
Não haverá anistia.
O País precisa de oração e paz,xingamento só piora o quadro.
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